quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

O "Chico Bastos", "O Chico" para os amigos, de seu nome Francisco de Oliveira Bastos foi um daqueles almadenses sempre fiel a Almada, ao seu passado, vivendo atento ao presente e sempre preocupado com o futuro da cidade e do concelho. Com ele e com outros privámos muitos momentos de convívio e conversa sobre a nossa terra, apesar da acentuada diferença de idades. O "Chico Bastos" cultivava princípios éticos e valores de sociabilidade que dignificam as pessoas e os cidadãos enquanto actores na sociedade em que se integram.
Fiel ao seu Sporting e aos seus amigos, era uma presença muito agradável e estimulante à mesa do café, para uma conversa construtiva acerca de qualquer facto, assunto, ocorrência local ou nacional.
Conversar com ele constituía um natural valor acrescentado para um livre e aberto debate de ideias e pontos de vista.
Como grande atleta e campeão que foi e soube ser, tinha do desporto uma natural concepção de actividade enriquecedora da personalidade do homem.
O "Chico Bastos" partiu um dia. Deixou o nosso convívio. Almada perdeu um homem sincero, um almadense de referência, que quando falava da sua terra sabia do que estava a falar. O "Chico Bastos" sempre preservou a sua independência. Modestamente sabia quanto valia, por isso nunca se deixou envolver.
Era um Homem Bom, cidadão de sólido carácter e forte personalidade.
O "Chico Bastos" amava a sua terra, Almada e as pessoas. O seu amor por Almada evidenciava-se com alguma relevância quando conhecia um jovem que lhe dizia ser de Almada. Imediatamente o "Chico Bastos" dizia : "Se és de Almada, então és boa pessoa !"
Quando algum amigo chegava junto dele ou era ele que chegava junto do amigo, perguntava sempre com a sua voz forte e sonante : "Então pá, como é que estás? e todos os teus vão bem?
Se o amigo lhe respondia: "Está tudo bem" ou "Estamos todos bem", o "Chico Bastos" imediatamente dizia com alguma emoção :"Fico muito feliz em saber que estão todos bem."
Este " Fico muito feliz " era dito com tal naturalidade e uma emoção tão grande, que por vezes lhe corria a ponta de uma lágrima no canto do olho.
Era "O Chico" com a simplicidade e a humildade de Homem Bom, Sincero e Amigo!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

PENSAR LIVRE - SER LIVRE - VIVER LIVRE

A LIBERDADE
"A Liberdade não se concede, conquista-se"
Pierre Kropotkine - Russo (1842-1921) - Príncipe, geógrafo, escritor.