sábado, 21 de setembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Cacilhas, o Largo Costa Pinto no ano de 1979, quando Cacilhas era ainda um grande porto fluvial, lugar de passagem, de encontro, de embarque e desembarque e porta de entrada para Sul de quem vinha de Lisboa, como também  de entrada para Lisboa, margem norte, para quem vinha do Sul.
De Cacilhas partiam carreiras de autocarros das empresas (antes da nacionalização) João Cândido Belo - Setúbal e Sul -, Covas e Filhos - Sesimbra -, Empresa de Viação Algarve (EVA) - Algarve -, Beira Rio - Cova da Piedade e Seixal - e, Piedense - Almada, Trafaria e Costa da Caparica (a Praia do Sol).
Era a grande Cacilhas com suas gentes locais e as gentes de passagem.
Era ainda a grande Cacilhas, com Ginjal e seus afamados restaurantes e marisqueiras que atraíam gente da capital.
Ainda se via alguma dignidade em Cacilhas e Ginjal. Hoje há muitas ruínas por aqui, após ditos e demagogos 39 anos de poder local "democrático", que levaram muitos cidadãos a discernir que foram enganados por oportunistas de ocasião, auto intitulados de democratas.
Hoje Cacilhas nem é uma sombra do seu glorioso passado. É uma triste penumbra.
A pseudo-democracia associada à partidarite e falta de visão de intitulados donos da democracia destruíram -na, porque nunca souberam gerir o espaço público, nem souberam respeitar o exercício da cidadania e a  opinião dos munícipes.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

No local onde esta loja de electrodomésticos  dos anos 50 e 60 do século passado esteve aberta, funciona actualmente a agência de uma seguradora.
Era então o primeiro prédio da antiga Avenida D.Nuno Álvares Pereira, recentemente destruída com a implantação de uma via férrea, que muitos problemas trouxe a Almada.

sábado, 14 de setembro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Aspecto do prédio onde esteve instalada a agência do antigo Banco Pinto & Sotto Mayor em Almada, Av. D.Afonso Henriques/Praça de Gil Vicente, nos anos 50/60 do séc. XX.
Actualmente este prédio tem outro aspecto exterior no piso térreo e as instalações daquele banco deram lugar à agência de outro banco comercial.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Anúncio nos anos 50 da casa do fotógrafo Paixão, - na Rua Bernardo Francisco da Costa, quase em frente à antiga Sapataria Madeira - como era conhecida no meio almadense nesse tempo.
Juntamente com a Fotal (Fotalmada) do Faustino, na Praça do Comércio, foram à época talvez as mais conhecidas e importantes "casas de fotografia" de Almada.
A "a. paixão Estúdio" já fechou há alguns bons anos. A Fotalmada ainda se mantém aberta, embora com outra gerência.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Manuel Alves Pereira, o Manuel Pereira para os amigos, deixou Almada e os amigos. Faleceu com 90 anos no passado dia 23 de Agosto. Não era natural de Almada, mas era um grande e sentido Almadense. Residia na Cova da Piedade.
O Sr. Manuel Pereira viveu e vivia Almada intensamente. Nasceu na freguesia de Lanheses, concelho de Viana do Castelo a 3 de Fevereiro de 1923. Aos dez anos veio viver para Almada e aqui construiu a sua vida e granjeou a simpatia e amizade das pessoas com quem contactava quer nos locais de trabalho, quer nas relações sociocomunitárias. Era um grande conhecedor da vida e vivências dos almadenses. Tinha uma memória viva, espontânea  e apurada de factos, ocorrências, pessoas, estórias e de muitas famílias de Almada por conhecimento pessoal.
O Sr. Manuel Pereira em conversas sobre a "sua Almada", surpreendia muitas vezes quem o conhecia e sobretudo quem o ouvia pela primeira vez  nas suas narrativas da vida almadense ou vivências profissionais, como tivemos oportunidade de observar.
Apesar dos seus 90 anos, com vida independente e ainda ágil na sua mobilidade, era um "jovem", fluente na conversação, causando alguma surpresa a quem desconhecia  sua avançada idade.
Trabalhou em Almada  na Companhia Portuguesa de Pesca, na Parry & Son  e no Arsenal do Alfeite.
Emigrou para a Holanda  na década de sessenta onde trabalhou na Indústria Naval. A sua paixão profissional era as máquinas e maquinismos a que se dedicou com empenho e espírito empreendedor que o levaram a ser um inventor. Em resultado desta sua dedicação à criatividade pessoal profissional, tem alguns registos e patentes.
O Sr. Manuel Pereira foi músico e dirigente na Academia Almadense, onde integrou também o coro. Quando regressou da Holanda e volta a Almada, dedicou-se a serviço comunitário colaborando em várias escolas primárias sensibilizando crianças sobre normas de trânsito e circulação pedonal.
Manuel Alves Pereira realizou aos 90 anos um sonho da sua vida: publicou com o apoio da Junta de Freguesia da Cova da Piedade o livro "Algumas Memórias de Almada e de Outros Lugares", apresentado  no dia 3 de Agosto de 2013 no Clube Recreativo Piedense.
Quem  conheceu, viveu e vive Almada ainda a partir dos anos 30, encontra neste pequeno e simples livro do Manuel Pereira - um pequeno manual de vivências, referências a colectividades, locais, factos, ocorrências, famílias e pessoas que marcaram, são parte da história e da vida comunitária, fizeram e são património de Almada.
Particularmente significativas no livro, as "Recordações da Rua Direita em Almada" - Rua Capitão Leitão - com referências a pessoas que aí viviam ou tinham a sua actividade: João da Sola, o barbeiro José Pratas, o Zé da Macaca, o Artur barbeiro, o Joãozinho da Capelista, o João das Máquinas, o Zé Menino, Joaquim dos Panos e o Roldão, entre outros.
Manuel Alves Pereira era membro da SCALA - Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada.
Quem o conhecia e com ele conviveu, sentiu a perda de um amigo.
 
Fica a homenagem a um cidadão almadense com 90 anos, que vivia a vida e a sua idade com  alegria de viver.