quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

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Capa e Programa da Festa de Natal 1964 do Externato Frei Luís de Sousa que se realizou no Salão de Festas da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.
O "Frei" realizava anualmente, com a "prata da casa", a Festa de Natal destinada a alunos do ensino primário ao ensino secundário, familiares e professores. A "prata da casa" eram os alunos e professores que se envolviam motivados, na concretização e êxito do evento.
A festa realizava-se sempre no início das férias de Natal, começou por ter lugar no ginásio do colégio, mas posteriormente, com o aumento do número de alunos, tornando-se insuficiente a capacidade do ginásio, passou a realizar-se na Incrível Almadense. A capa do programa foi da concepção da professora de Geometria Descritiva de então que era arquitecta.
A impressão da capa e programa foi trabalho da Gráfica Almadense Lda, que ficava na Av. D. Afonso Henriques em Almada, lado esquerdo no sentido descendente, cremos que, onde actualmente está uma agência de viagens.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Gente de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

Alguns almadenses entre outros, integrantes do Grupo denominado G8, que se juntavam para passear durante um dia, geralmente ao sábado e almoçar, sempre por um lugar, vila, aldeia ou cidade de Portugal, a sul ou a norte do Rio Tejo.
A deslocação destes amigos tinha por regra, antes da refeição, uma parte cultural nas proximidades do local de almoço ou no seu caminho.
A organização era rotativa, da responsabilidade do organizador, tal como a escolha do restaurante para o repasto, sendo a despesa da refeição partilhada por todos.
No final da rotação foi eleito o restaurante onde se comeu melhor.
Na foto tirada no Castelo de Palmela em 11 de Maio de 2002, temos em primeiro plano da esquerda para a direita: Jorge Fortuna (falecido), Francisco do Carmo, João Branco, Melchior Santos, António Monteiro, Luís Fernando, António Ferreira e Ilídio Rocha. Em segundo plano, pela mesma ordem: Júlio Santos, Amilcar Veiga, José Rocha, Victor Silva, Joaquim Abreu e Carlos Lemos.
O Grupo, embora já com a saída de alguns elementos e entrada de outros, continua a organizar almoços ou jantares, tendo-se mantido fiel à tradição de realizar todos anos um almoço ou jantar de Natal.
Característica deste Grupo denominado G8 (inicialmente integrava 8 elementos): tem um Presidente eleito (presente na foto) que se tem consolidado no cargo, embora não tenha quaisquer outros companheiros eleitos.
Foram fundadores do G8 em Junho de 2001: António Ferreira, João Branco e Francisco do Carmo, a que se juntaram Luís Fernando, Carlos Lemos, Victor Silva, Jorge Pereira (Joca) e Melchior Santos, daí a denominação de G8, por sugestão do Luís Fernando, designação que se manteve e mantém, apesar da adesão de mais elementos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

A "Barraca do MDP-CDE" (Movimento Democrático Português-Comissão Democrática Eleitoral), na Praça da Renovação, após Abril de 1974.
O MDP-CDE foi uma das gazuas ou submarinos que o PCP aproveitou para se insinuar suavemente junto do Povo Português como partido democrático (em parte alguma do globo foi), respeitador das liberdades, direitos individuais e colectivos do Povo Português.
O passar dos anos tem vindo a demonstrar o contrário, pela prática dos comunistas a nível nacional e dos que se dizem, no concelho de Almada.
O oportunismo para grangear votos do povo e permitir a alguns (comunistas ou auto-intitulados comunistas, isto é, oportunistas) o bem-bom, tem sido a temática em prejuízo de Almada e dos munícipes.
Actualmente o PCP usa outro fantoche para se apresentar mascarado ao Povo Português e aos almadenses em particular, o Partido (apelidado) ecológico "Os Verdes".

domingo, 5 de dezembro de 2010

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Anúncio do Café Central, na Praça da Renovação, 12-A 12-B e 12-C e Avenida D.Afonso Henriques, 30 Almada,"o Central" para os almadenses, em 17 de Maio de 1959.
Curiosidade (de então) relativamente ao presente: Pastelaria (era muito boa), Charcuteria, Salão de Chá (actualmente não tem), Bilhares (a entrada era pelo café) e Restaurante - era na cave onde posteriormente foram instalados os "matraquilhos".
O Restaurante tinha entrada autónoma pela Praça da Renovação.
"o Central " era, para além de tudo isto, um local de convívio e cultura de muita gente, partilhado por muitas e diversificadas tertúlias. Uma delas, em dias de semana, era constituída pelos médicos almadenses que todas as tardes antes de se dirigirem aos seus consultórios, se encontravam no "Central" para tomar a bica e conversarem um pouco: Dr. Henrique Barbeitos, Dr. Açucena, Dr Adão e Silva, Dr. Edmundo Freitas, Dr. Horácio Louro (foi Delegado de Saúde em Almada, tinha consultório na Costa da Caparica), Dr. Rebordão, aos quais se juntavam por vezes outros almadenses, nomeamente Jaime Feio e Francisco Bastos (o Xico Bastos).
Cremos que destes médicos, só o Dr Edmundo Freitas é vivo. Ainda o vemos em Almada.
Outra das tertúlias, esta pela manhã, era constituída pelo antigo Presidente da Câmara Municipal de Almada, Glória Pacheco (antes havia sido Conservador do Registo Civil), pelo Eng. Macieira Dias, ( homem forte da CMA ), Ventura Varanda, proprietário de terrenos no concelho, nomeadamente da Quinta do Galo, onde foi implantado o antigo Pão de Açúcar, um seu cunhado de nome Dinis, proprietário no concelho, o desenhador Laruça, que morava na Praça da Renovação, o Américo "da Estância", o Abílio "de Almada Velha" e construtores civis, que apareciam ocasionalmente para tomar a bica com o Presidente.
Outra tertúlia era a dos anarquistas, entre outros: José Correia Pires, Sebastião, Quaresma, "o velho" Brito e o Jaime Feio a que se agregavam ocasionais e jovens estudantes que frequentavam "o Central", interessados em ouvir e aprender com os mais velhos.
Havia ainda múltiplas tertúlias de estudantes liceais (3º ciclo), universitários e dos Institutos Comercial e Industrial de Lisboa, que conviviam e trocavam conhecimentos, esclareciam dúvidas de estudo, se ajudavam mutuamente a resolver problemas escolares de compreensão das matérias em estudo.
"o Central" era uma verdadeira "Sala de Estudo Comunitária" onde todos eram explicadores e explicandos simultâneamente, de acordo com seus estudos avançados e experiências.
Nesta "escola superior", "instituto" ou "universidade" concluíram cursos, "formaram-se" muitos jovens de ontem, homens e mulheres do presente.
O Dr. Roma da Fonseca, médico Estomatologista, já de idade avançada e excepcional cultura geral, frequentador habitual do "Central" com suas palestras de mesa, sempre disposto a transmitir e incutir conhecimentos e saberes aos estudantes que frequentavam " o Central".
O Café Central de hoje nada tem a ver com "o Central" de outros tempos. Actualmente é mais padaria que qualquer outra coisa de minimo em comum com o passado cultural e comunitário.
"o Central", também era frequentado diariamente por algumas carismáticas e típicas figuras, sentadas sempre à mesma mesa para tomar a bica, que a malta caracterizava e alcunhava com alguma irreverência e piada.
Havia um Trio que se sentava sempre à mesma mesa e praticamente só conversavam entre si, o qual a malta baptizou de "Irmãos Metralha" constutuído por: "Metralha", "Olho Vivo" e "El Negro". Dois destes três "irmãos", pelo menos, ainda se vêem por Almada. Não sabemos se alguma vez tiveram conhecimento que a malta os catalogava com aquela designação.