quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada


O "Lisboa-Expresso", cacilheiro da Sociedade Nacional de Moto-Naves,Lda cujo proprietário de nome Gregório González Briz, era natural de Salamanca (Espanha), naturalizado português, navegando no Tejo entre Lisboa e Cacilhas em foto captada de Cacilhas em 1978.
Em fundo temos parte do casario de Lisboa com destaque para o Terreiro do Paço e edifícios públicos adjacentes e no alto, o Castelo de S.Jorge.
À data os edifícios públicos virados para o Tejo tinham as fachadas pintadas de verde.
Cacilhas é um excelente mirante sobre Lisboa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada

Mutela, a Rua Manuel Febrero (parcial) em foto de 1978. Actualmente o local é uma mostra-exemplo da muita degradação que paira pelo concelho. Pouco ou nada se melhorou desde então. Constitui uma vergonha para esta terra o abandono e o estado em ruínas dos edifícios nesta zona do concelho, na Cova da Piedade.
Como foi possível que a Câmara Municipal de Almada nunca se tenha interessado pela recuperação da zona, de grandes tradições na vida da população local e das gentes do concelho?
É uma realidade, a juntar a outras, que mostram o subdesenvolvimento fomentado e sustentado pela autarquia.
Não há desculpas possíveis ao fim de três décadas.
O que existe é incompetência de sobra e abundante, aliada a falta de criatividade e de vontade para dignificar e honrar esta terra, sem demagogia partidária.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

"MERDA", revista não periódica, sem director, "Os Merdas" Grupo ANARCA AUTÓNOMO" - Movimento Educativo Recreativo Dos Anarcas. revista anarquista que nasceu em Almada no pós 25 de Abril de 1974 pela mão de Francisco Ginjeira e Rui Vaz de Carvalho (Prof. de História),
Na imagem a reprodução da capa da 1ª edição do 1º número custeada pelos fundadores respectivamente com 3.000$00 e 7.000$00. A impressão foi feita numa tipografia "caseira" na Av. Frederico Ulrich em Almada, pertencente a um Professor do ensino secundário(Dr.Camacho) que frequentava assiduamente o Café Central.
Uma 2ª edição deste número foi impressa posteriormente com a colaboração de José Brito, o "velho Brito", pela Cooperativa Cultural Editora Fomento Acrata, caixa postal 52 - Almada.
A 2ª edição saiu incluindo o suplemento " Apresentação da Candidatura Nacional de Sua Excelência o Galo de Barcelos".
"MERDA" teve grande sucesso editorial. Foram publicados 3 números dos quais se imprimiram mais de duas centenas de milhar de exemplares, vendidos principalmente na grande Lisboa.
Da Holanda, um Centro de Documentação solicitou ao editor alguns exemplares da publicação.
Frases na "MERDA":
Esta "Merda" não tem direitos de autor; pode ser copiado, policopiado, difundido. (1º número)
Quem não está com a merda, está contra a merda. (2º número)
A política é um vento que apaga a luz da razão. (3º número)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada


Foto do ano 1977 na Costa da Caparica. O que era então. Sabemos o que foi entretanto e já não é. Agora é outra coisa muito esquisita e incaracterística.
Aqui foi o "Porto de Abrigo" aberto todo o ano e duna ainda um pouco natural. Aqui existia duna e vegetação ainda natural. Ainda havia alguma praia - areal - para lá do paredão.
Aqui nasceu e cresceu o restaurante "O Barbas" (como?) avançando e ocupando a duna em superfície e em altura, sem que os então existentes organismos/autoridades responsáveis e defensoras do meio ambiente fizessem seu trabalho para preservar o planeta do vandalismo ecológico arbitrário.
A Costa da Caparica, nós todos, assistimos a agressões semelhantes, ao ambiente...e continuamos infelizmente a assistir. A assistir à destruição da Costa da Caparica e da sua maravilhosa frente de praias, uma riqueza natural única.
Até um dia....
Tudo e todos democratas se vergaram ao progresso podre em que vivemos actualmente, resultado de erros feitos eufórica e demagogicamente no passado recente, para vida fácil de poucos , sacrificando muitos, a sociedade e a nossa casa - o Planeta Terra.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Gente de Almada, Gente Que Vive Almada

Um grupo de jovens almadenses no final da década de 60 em Tróia, Distrito de Setúbal, num dia de Verão, sem Sol, a saborearem talhadas de melão.
Da esquerda para a direita Zé Gonçalves, Regina, Fátima Costeira, Fernando Avelar, Fernando Pedrosa, Luísa.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada


Foto da década de 70 (séc. XX) da Capela e casa da antiga Quinta dos Farinhas, designação pela qual era conhecida até ao séc XVIII a Quinta da Ramalha ou de S.João da Ramalha.
Nas traseiras da Capela existiam duas palmeiras. Uma delas foi destruída recentemente pelas obras patrocinadas pela Câmara Municipal de Almada que ocuparam o terreno existente com moderna construção, 100% betão, destinada a Centro Social.
Foi mais uma destruição do património memória do concelho, conseguida pela Câmara, à revelia do IGESPAR, sem quaisquer obstáculos de quem tem obrigação de preservar e proteger monumentos históricos do assalto assassino do progresso, que ocupa todo o palmo de solo para novas edificações e realização privada de mais valias capitalistas, com prejuízo das populações e da sua memória colectiva.
Na foto vê-se, à direita, o portal da antiga quinta.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Vive Almada

Recibos de pagamento da uma 1ª e de uma última mensalidade, ao Externato Frei Luís de Sousa, entre 1958 (1º Ano do 1ºciclo) e 1965 ( 7º ano -antigo 3º ciclo do ensino liceal).
Em 7 anos a mensalidade cresceu 150%!
O Externato Frei Luís de Sousa é um marco notável e imagem do ensino no concelho.
O "Frei" permanece, os autarcas e as pessoas passam.
Com o radicalismo doentio de falsa esquerda, lamenta-se que a Câmara Municipal de Almada tenha tratado tão mal este estabelecimento de ensino nos últimos anos, embora sem ter deixado de se aproveitar do "Frei", quando lhe convém para fins promocionais, com a colaboração de algumas figuras da Igreja e não só... evidentemente.
Simultâneamente, lamenta-se que quem nada deve ideológica ou religiosamente à Câmara Municipal de Almada, que devia manter-se acima de polémicas politico-partidárias, se deixe envolver numa teia viciada, da qual cidadãos livres não querem ser prisioneiros e repudiam.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Coisas de Almada e da Gente que Viveu e Vive Almada


Lavadouro Público de Almada na Boca do Vento, construído pela Câmara Municipal de Almada em 1925.
Era uma memória do passado de Almada, mas como fazia muitas cócegas à gestão que se instalou na Câmara, no pós 25 de Abril de 1974 e tem permanecido, foi mandado destruir para dar lugar a um restaurante e pizaria.
Foi destruído um pouco do passado e da história de Almada e de suas gentes.
Empobreceu-se o património edificado. Empobreceu-se Almada.
O mesmo tem sido feito um pouco por todo o concelho pela actual Câmara, constituída por gente que não é de Almada, descaracterizando a nossa terra, cortando a relação dos almadenses com o seu passado.

sábado, 3 de outubro de 2009

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

 
 

Na imagem de capa deste 45 rotações de Vitorino ( seu primeiro disco ?) de 1975, à esquerda temos José Brito, o "velho Brito", como o conhecíamos.
Anarquista, residente em Lisboa, era visita e cliente do antigo Café Central, ex-libris de Almada, local de encontro de gerações e personalidades ligadas às artes, letras, política e à cultura, em Almada (dizemo-lo sem hesitação), situado na Praça da Renovação, onde muitos estudantes "tiraram os cursos".
Conhecemos o "velho Brito" em interessantes tertúlias e encontros no Central, após Abril de 1974, - onde aparecia com frequência ao fim da manhã - com os anarquistas almadenses José Correia Pires, Jaime Feio, Quaresma e Sebastião e jovens "candidatos" a anarquistas, entre outros .
O "velho Brito" sabia ouvir. Defendendo sempre ideais libertários e humanistas era pessoa simpática, irreverente muitas vezes, apaixonado pelo ideal anarquista, cativava com simpatia a presença dos mais novos, a quem surpreendia com suas dissertações e respostas a questões políticas e sociais que lhe colocavam.
Excelentes conversas construtivas escutámos deste cidadão de boina anarquista, crescidos cabelos brancos e sempre com sua pasta preta debaixo do braço, da qual retirava publicações "anarcas", algumas por ele editadas através da sua editora "ACRATA", que distribuía a amigos.
O "velho Brito" pessoa afável e bom conversador, possuía uma grande e excelente biblioteca. Um Jornal vespertino da capital dedicou-lhe, em vida, uma reportagem realizada em sua casa situada num dos bairros antigos da capital - a Bica.
Colaborou em Almada na edição da irreverente publicação anarquista "Merda", da qual só saíram três números.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada


Miradouro da Boca do Vento, em 1978, junto às escadinhas do Ginjal, com o Tejo, navios no Cais do "Grémio do Bacalhau", como era conhecido, no Ginjal e o Castelo de Almada/Forte de Almada, no canto superior direito na foto.
O bucolismo e a atracção de um lugar privilegiado para admirar o movimento dos barcos, navios e das fragatas de outrora no Rio Tejo.
Deste local tem-se uma paisagem bela e única da capital.
Hoje o miradouro já não tem este encanto. Não resistiu ao progresso avassalador do progressismo de uma esquerda enferma que descaracterizou Almada.
Foi alterado e próximo dele, gastaram-se uns milhares de contos num elevador que não serve a população nem turistas e não tem utilizadores, por culpa da estéril Câmara Municipal de Almada em matéria de turismo.
Almada tem lugares muito especiais, nunca devidamente aproveitados pela edilidade para promover o nosso concelho, o concelho dos almadenses daqueles que aqui nasceram e dos que o escolheram para residir e viver.
Era a Almada dos almadenses. Hoje não é.

sábado, 12 de setembro de 2009

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada



Imagem da Costa de Caparica em 1977. Três símbolos da "Costa" desaparecidos na gula do progresso: o barco típico, as casas de pescadores e a linha do Transpraia. Ainda convivia o tradicional com o novo, os edifícios de apartamentos à esquerda. Ai que saudades do mar, do areal, da praia da Caparica! Era a nossa praia, a praia da vila que começa ali mesmo no final da Rua dos Pescadores, entre o Terminal do Transpraia e o Carolina do Aires. Havia areia,havia dunas, havia vegetação xerófila, havia limpeza da praia. Hoje a ambição de uns e a ganância de outros, em nome do progresso e do desenvolvimento económico sem base social, mataram a Costa de Caparica com um designado Programa Polis que descaracterizou a melhor praia da grande Lisboa, a nossa praia, a praia do concelho de Almada. A areia foi tapetada com barrotes de madeira (uma aberração) já em decomposição, para "proteger" a duna, complementado com pavimentação tipo "estrada" e conspurcada com caixotes contentores de mau gosto, designados "apoios de praia-restaurantes", todos iguais, saídos provavelmente algures de uma linha de montagem de fábrica sovietizada.

domingo, 23 de agosto de 2009

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Um trecho do Rio Tejo em imagem de "slide" no ano de 1978, com Lisboa em fundo.
Como era diferente a paisagem no rio! Ainda havia indústria naval nas suas margens.Viam-se constantemente navios a entrar e sair, "compondo a paisagem", motivo de atracção de curiosos aos miradouros de Almada para ver o movimento no rio.
No miradouro do Castelo, em Almada, havia sempre gente a admirar o rio e Lisboa. Constituía, para quem apreciava, um passatempo muito agradável.
Havia até quem fizesse uma contabilidade pessoal do movimento durante a permanência no miradouro a observar o rio.
Hoje o Rio Tejo está praticamente "morto" para a navegação. Se não forem os já pouco frequentes barcos de transportes de passageiros a sulcar suas águas entre Cacilhas e Lisboa, o rio muitas vezes mais parece um curso de água tranquilo a separar Almada da capital.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

para conseguir ler as inscrições no relógio clique na imagem
Relógio Cousinha -Almada, na Torre da Igreja de Pomares, freguesia do concelho de Arganil, distrito de Coimbra.
É gente desta, como Manuel Francisco Cousinha, que fez e continua a fazer Almada e a perpetuar sua memória, contrariamente aos "paladinos da liberdade condicionada" que a designam demagogicamente (para enganar o povo) " a nossa terra", terra que nunca foi deles, nunca a viveram, nem vivem.

domingo, 9 de agosto de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada


Imagem de Maio 1979, num sábado à tarde, da intervenção da Guarda Nacional Republicana (GNR) no supermercado Pão de Açúcar, então na Quinta do Galo - Cova da Piedade - para protecção aos trabalhadores que trabalhavam aos sábados à tarde não serem perturbados pelos piquetes ou manifestações espontâneas contra a situação.
Estavamos ainda nos resquícios de um "PREC" continuado da esquerda revolucionária na margem sul do Tejo e em Portugal.
Temos agora em Almada um mega shopping a funcionar 7 dias por semana das 10 às 24 horas.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Coisas de Almada e de Gente de Almada

A Casa da Coroa em foto do Jornal de Almada nº 2348 Ano XLII - 24 de Maio de 1996 e artigo de Manuel Lourenço Soares, que existiu na Costa de Caparica, demolida em 1996.
A Câmara Municipal de Almada pós 25 de Abril de 1974 não soube ou não teve interesse em preservar como património histórico da vila, hoje cidade e do concelho.
Segundo o JA :
"A denominada casa da coroa, antigo edifício, que se encontrava situado na Costa de Caparica nas imediações do mercado à beira da Rua dos Pescadores e que um dia albergou por horas o monarca D. João VI, foi agora demolida pelos serviços camarários segundo autorização do Instituto Português do Património Arquitectónico - IPPAR, devido ao estado de ruína e degradação a que se deixou chegar.
Esta casa construída, possivelmente em 1820, pelo mestre de redes José dos Santos, foi durante anos das poucas de alvenaria que existiram na Costa e por este factor e possivelmente outros, em 18 de de Junho de 1825, foi nela que aquele monarca comeu uma saborosa caldeirada feita por uma mulher de nome Maria do Rosário, também denominada pelo vulgo "Maria do Adrião.
Tempos depois , após a necessária solicitação, foi autorizado o seu proprietário a colocar numa das fachadas da casa as armas daquele rei, uma grande esfera armilar em pedra com o brasão português encimado pela coroa real e daí o passar a ser conhecida por "Casa da Coroa".
Foi "um bom serviço" prestado ao concelho pela comunista autarquia almadense.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Gente de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada


Em 24 de Maio de 1959, um grupo de "Putos" do Externato Frei Luís de Sousa pertencentes à Pré-JEC (Juventude Escolar Católica) que tinham a mania que sabiam jogar futebol e outros em traje menos atlético, com o orientador técnico e responsável sénior pelo grupo - o elemento único em 3ª fila.
O certo é que ocupavam normalmente as tardes de sábado em partidas de futebol e são convívio no campo de futebol e na Quinta do Seminário de Almada.
Destaque especial para o eterno guarda-redes em todas as partidas, Carlos António Rodrigues, "o Carlinhos", terceiro em pé, a contar da esquerda.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

"A Boa Construtora - Fábrica Nacional de Relógios Monumentais" fundada em 1930 por Manuel Francisco Cousinha, na Rua Capitão Leitão, em Almada, fabricou relógios monumentais sobretudo para monumentos públicos e Igrejas.
Deixou de produzir depois do 25 de Abril de 1974, devido às complicações da Revolução então em curso.
Há relógios "Cousinha" pelo País, ex-colónias e Brasil.
Quem viajar pela zona centro de Portugal, nomeadamente no concelho de Arganil, encontra relógios "COUSINHA" na torre das igrejas de várias aldeias, o que para quem é natural de Almada deixa algum orgulho.
Manuel Francisco Cousinha era natural de Sobral Magro, freguesia de Pomares, concelho de Arganil, distrito de Coimbra.
Em Lisboa podemos também ver relógios fabricados em Almada, no Arco da Rua Augusta, no Museu Militar e no Mercado 24 de Julho.
A Fábrica de Relógios que dava horas a Almada, cujas oficinas ocupavam o rés-do-chão do prédio da foto, tinha então vários empregados. Era objecto da curiosidade das pessoas que passavam pelo local e sobretudo dos miúdos das Escolas Primárias Conde Ferreira, existentes na proximidade. Actualmente o edifício está desactivado para a produção e encontra-se alugado.
A continuidade do trabalho de relojoaria tem sido mantida pelo neto Luís Manuel Cousinha Vasconcelos Forra com oficina de restauro e assistência técnica aos relógios de "A Boa Construtora" instalados pelo país, através da "Cousinha - Electromecânica e Informática, Lda." em Marisol - Corroios.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Coisas de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

Equipa de Futebol do Operário Atlético Clube, um clube popular que existiu na zona do Pombal, Almada, entre a década de 40 e a década de 50 do século passado.
Esta era uma equipa. Outras podiam ser reconstituídas pela entrada de outro ou outros associados já que se substituíam nos seus impedimentos, por motivos profissionais (eram todos verdadeiros operários), lesões ou por baixa de forma física.
A equipa sempre que jogava, acompanhava-se de um massagista.
Era um modesto clube que não tinha, provavelmente, mais de 100 sócios mas possuía a determinação e atitude para que alguns dos seus associados fossem também os atletas que disputavam jogos com outros clubes congéneres não filiados e conquistassem alguns troféus em torneios populares.
Constituíam pois um grupo de pessoas que conviviam e confraternizavam unidas por uma equipa de futebol que era deles e eram eles. Ninguém tinha ordenado ou prémios de jogo, mas todos pagavam as cotas de associado.
Era um genuíno clube popular. Cada atleta levava o equipamento para casa para lavar.
Quanto à identificação dos elementos desta equipa, disse quem nos cedeu a fotografia que o 1º elemento de pé a contar da esquerda é o Mário Patarrinha.
Desta equipa constam três irmãos Gramaços, dois em pé a seguir ao Mário Patarrinha e o 1º da esquerda, de joelhos.
A foto foi tirada no terreno de uma das quintas ( Quinta do Pombal ?) que existiam à época na zona. Ao fundo e à esquerda do guarda-redes está o Mar da Palha (Rio Tejo).

sábado, 30 de maio de 2009

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Monsenhor António Gonçalves Pedro, Director do Externato Frei Luís de Sousa de 1959 a 1969, foi o primeiro Reitor do Santuário de Cristo Rei e por inerência Administrador do Santuário.
Nesse tempo o Santuário não pertencia a nenhuma freguesia. Tinha personalidade jurídica e dependia directamente do Prelado da Diocese.
Acumulava o cargo com o de vice-reitor do Seminário de Almada e tinha a designação de Beneficiado dentro da Igreja Católica.
Mais tarde ascendeu à categoria hierárquica de Cónego e depois passou a Monsenhor.
Foi Presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença e Administrador Geral do Patriarcado.
Enquanto Director do Externato Frei Luís de Sousa foi Reitor do Seminário de Almada, disponibilizando a Quinta do Seminário aos alunos do Frei para lazer e aos fins de semana o Campo de Futebol do Seminário, que os alunos usavam nas tardes de sábado em animadas, amigáveis e salutares partidas de futebol.
Deixou Almada para ocupar o cargo de Pároco na freguesia de Santa Maria de Belém, sucedendo ao Padre Felicidade Alves.
Foi Pároco na Sé de Lisboa e na Igreja da Madalena, última paróquia onde serviu. Vivia então na Rua da Padaria.
Era natural de Abrantes. Foi ordenado Padre em 1945.
Faleceu em Lisboa, de doença cardíaca aos 81 anos, em 10 de Junho de 2002.

sábado, 23 de maio de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada


para aumentar e ler, clicar no documento
Em edição especial do "Jornal de Almada" (Jornal extinto recentemente) Ano V 17 da Maio de 1959, de que era Director Editor e Proprietário o Padre Manuel Marques (falecido), foi publicada a lista das Comissões constituídas para as festas da inauguração do Monumento a Cristo Rei.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Coisas de Almada e de Gente de Almada

para ler clique na imagem

almaDalmada é citado no livro "Notáveis Messinenses-Vivências e Contributos", pela modesta contribuição com alguns dados biográficos e referências sobre o ilustre almadense e homem bom, o cooperativista e anarquista José Correia Pires (num post deste blog), natural de S. Bartolomeu de Messines, que viveu desde 1945 em Almada, onde morreu a 28 de Outubro de 1976. Foi sepultado no Cemitério de S. Paulo, Almada e tem uma rua com seu nome na Freguesia do Pragal.

Este livro publicado pela Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines é resultado do trabalho de investigação de uma equipa que integrou o Engº Aurélio Nuno Cabrita, investigador de história local e regional.

A biografia de José Correia Pires foi escrita pela historiadora Irene Flunser Pimentel (Prémio Pessoa 2007).

Maria Emília de Sousa, também vem referenciada neste livro por ser natural da freguesia.

Para consultar o livro acesse: http://sb-messines.com/messines/default.aspx

terça-feira, 12 de maio de 2009

Coisas de Almada e de Gente de Almada

O Prof. Marcelo Caetano em Almada, acompanhado do Dr. Elmano Alves, Presidente da Comissão Distrital da União Nacional/Acção Nacional Popular e do Dr. Manuel Rosado Caldeira Pais, mui digno Professor de História e Filosofia na Escola Técnica Emídio Navarro e no Externato Frei Luís de Sousa, onde também foi Director dos Cursos Nocturnos.
O Dr. Elmano Alves é residente no Distrito de Setúbal.
O Dr. Manuel Rosado Caldeira Pais, foi Vice-Presidente da Câmara Municipal de Almada, quando era Presidente o Dr. Serafim Silveira Júnior, (que veio substituir o Dr. José Valeriano da Glória Pacheco) sucedendo depois ao Dr. Serafim Silveira Júnior na Presidência da Câmara em Março de 1974.
Foi portanto o último Presidente da Câmara Municipal de Almada antes de 25 de Abril de 1974.
Dizem-nos que esta foto foi obtida na Escola D. António da Costa, quando da realização de um Encontro Político da então Acção Nacional Popular.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Coisas de Almada e de Gente de Almada


Foi há 35anos, em 27 de Abril de 1974, sábado, que ficou registado nesta fotografia a substituição da placa que dava nome à Rua Dr. Oliveira Salazar por outra, denominando-a a partir desse dia e hora Rua da Liberdade, sem postura municipal.
A "cerimónia" ocorreu no início da tal Manifestação de Apoio à Junta Militar e ao «Socialismo» ou MARCHA DA ALEGRIA, referida num post.
Placa e escada de acesso apareceram espontâneamente, sem nada ter sido "preparado". As massas aplaudiram a iniciativa dos líderes espontâneos.
Era preciso tomar em mãos, segurar e controlar as rédeas da Revolução de Abril e que a Revolução (do Proletariado) avançasse a todo vapor... para a tomada do poder pelos representantes (militantes mais "esclarecidos" e audazes) dos trabalhadores.

sábado, 25 de abril de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

"Representantes" do MFA em Almada, Abril de 1974.
Cena na antiga Rua Dr. Oliveira Salazar, actualmente denominada "Rua da Liberdade" por "imposição popular"(?).

terça-feira, 14 de abril de 2009

Coisas de Almada e de Gente de Almada

Convocatória "expontânea e impessoal" após o 25 de Abril de 1974, para "a manifestação de apoio à Junta Militar e ao «socialismo»" ou para "a marcha da alegria" que se realizou a 27 do mesmo mês, partindo da Cova da Piedade até à então Av. Engº Frederico Ulrich, em Almada.
Que intenção tinha quem escreveu socialismo entre aspas?
Estas convocatórias foram coladas na parede do Café Central, Almada, lado da Afonso Henriques.

terça-feira, 31 de março de 2009

Coisas de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

Aspecto da "Exposição sobre Astronáutica" na Incrível Almadense, em Junho de 1967.
Reconhece-se em primeiro plano à esquerda na foto, de óculos, o então Presidente da Câmara Municipal de Almada, Dr. Glória Pacheco.
Escreveu Vitor Aparício em " O INCRÍVEL", Jornal Comemorativo do 119º Aniversário:
"Em colaboração com a USIS (United States Information Service). e a NASA (National Aeronautics and Space Administration), foi inaugurada, no dia 20 de Junho, no SALÃO DE FESTAS, a exposição denominada «,A EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO», com a presença de Sua Excelência o Sr. Embaixador dos E.U.A. e respectivo Adido Cultural, e Presidente da C.M.A., entre outras individualidades sócios e amigos da Colectividade.
Ao iniciar-se o acto inaugural, os convidados começaram por apreciar os painéis expostos, onde estiveram patentes: O Programa de Exploração Espacial dos Estados Unidos, voos Tripulados - Projectos Gémeos e Apolo - , Treino de Astronautas, Exploração Lunar não Tripulada e Exploração Interplanetária, Satélites Científicos, de Comunicação e Meteorológicos, Sistemas de Propulsão, Cooperação Internacional, as magníficas Instalações da NASA, Aeronáutica, Bibliografia Sobre Astronáutica e Revolução Científica, etc. etc., além de uma curiosa miniatura do Avião X-15.
Finda a prolongada apreciação, o Presidente da Assembleia Geral da INCRÍVEL, no uso da palavra, enalteceu a grandiosidade da exposição, agradecendo, simultâneamente não só a presença de tão honrosas individualidades, como também a prestimosa colaboração da USIS e da NASA; ofereceu-se em seguida ao representante da U.S.A. uma placa comemorativa do acontecimento e dois diplomas à UNITED AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION.
Depois de terem assistido à projecção de um dos filmes aluzivos à Exploração do Espaço, visitaram a nossa Biblioteca, onde os representantes dos E.U.A. assinaram o LIVRO DE HONRA."
Foto: da mesma edição de "O INCRÍVEL"

terça-feira, 17 de março de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada

Foto, na Praça da Portagem da Ponte Salazar, hoje Ponte 25 de Abril, do Mercedes que na madrugada de 28 de Setembro de 1974, não obedecendo à "ordem" de parar dada pelos populares, que naquela noite ali faziam uma barricada popular, no sentido Almada-Lisboa, foi baleado por militares (?) ou outros, armados, provenientes de Almada se dirigiam a Lisboa numa viatura e o seguiram.
A barricada popular tinha por objectivo descobrir possíveis armas destinadas, diziam as designadas "forças progressistas ou de esquerda" de então, à manifestação da "maioria silenciosa" convocada para a tarde do dia 28 em apoio do General Spínola, Presidente da República.
A vigilância revolucionária, tratou de montar um cenário intimidatório para evitar que a "reacção passasse" e entrasse em Lisboa com armas para desferir "um golpe da direita".
Segundo constou, o condutor não transportava qualquer arma no carro. Não foram encontradas quaisquer armas nos veículos vistoriados pelos populares.
Naquela noite, havia nas imediações da Praça da Portagem e a distância para não serem notados, militantes armados e desarmados de um partido político, a controlarem e vigiarem a situação, sem se envolverem nas buscas.
Esta foto aparece aqui, porque naquela barricada montada na madrugada de 28 de Setembro participaram espontânea e maioritariamente, por manifesta "curiosidade revolucionária", muitos jovens almadenses .
Almada foi parte do cenário montado e palco de actos da peça, para travar "a reacção" no 28 de Setembro de 1974.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada

Foto de Cacilhas, Rua Cândido dos Reis em dia de Procissão (ano ?). De notar que os edifícios mais baixos à direita na foto já não existem. Neste local foram construídos prédios mais recuados relativamente à rua. O outro edifício é onde funciona actualmente o Restaurante Peralta. O edifício mais alto e o mais baixo à esquerda ainda se conservam.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada

Terminal Fluvial dos Cacilheiros, no Ginjal junto ao Restaurante "O Grande Elias", na década de 50 do século passado.
Vê-se a proa de um ferry-boat (da "Parceria", como se dizia nesse tempo) no seu antigo terminal, onde actualmente atracam os cacilheiros.
Na imagem obtida em 1959, vê-se o Cristo-Rei.
Tempos em que Cacilhas e o Ginjal tinham vida, indústria, movimento e bons restaurantes que atraiam muitos lisboetas.
Hoje infelizmente e em parte por incúria dos nossos autarcas, o Ginjal está como conhecemos, em ruínas e arruinado. Uma escuridão dos seus tempos áureos, para mal de Cacilhas e do nosso concelho.
Almada está a pagar um preço caro pelo abandono desta parte do concelho. Infelizmente não é caso único na nossa terra.
Até quando?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Gente de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada



Turma da Escola Conde Ferreira, de Almada, no ano lectivo 1954-1955
Ao centro na foto temos a Professora Maldonado, de bata branca.
À esquerda e por trás das grades, encontra-se a Sra. Adelina, Contínua na Escola.
Esta Escola, masculina de Almada, tinha como Director, o famoso Professor Câncio, muito exigente com os alunos. Era detentor de uma palmatória para "premiar" os alunos que não sabiam a tabuada.
Outros tempos então, quando os alunos saíam da escola a saber a tabuada de memória.
Como podemos ver na foto pela roupa que os alunos vestem, os tempos eram difíceis. Muitas famílias viviam com sérias dificuldades económicas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Coisas de Almada e da Gente de Almada


Vista parcial de área da Cova da Piedade em foto do início dos anos 50 do Séc. XX.
Em primeiro plano temos parcialmente um aspecto da Quinta do Pombal, também conhecida por Quinta do Plantier (Paulo Plantier foi seu proprietário). Era propriedade da família Teotónio Pereira e abrangia uma vasta área da Cova da Piedade confinando a norte com a freguesia de Almada.
Em comprimento esta quinta ía do Pombal, de onde se encontra o posto do Serviço de Saúde, na Rua da Liberdade (antiga Dr. Oliveira Salazar) até aproximadamente ao local dos Armazéns Paga-Pouco na Av. Rainha D. Leonor.
Foram seus últimos caseiros João Matosa conhecido por " João Maçaroca" e sua esposa Norvinda, a quem sucedeu um outro caseiro conhecido entre a população local pelo "Bigodes" por possuir um farto e vistoso bigode.
Ao tempo esta quinta também era conhecida pelas alcunhas dos caseiros: "Quinta do Maçaroca" e "Quinta do Bigodes".
Em segundo plano vemos na foto uma parte da Cova da Piedade, o Caramujo, Base Naval de Lisboa, Arsenal do Alfeite e a mata envolvente da Base Naval.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Gente de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

junto às Grutas de Aracena
Foto da excursão de Finalistas do Externato Frei Luís de Sousa, na Semana Santa de 1964, a Grutas de Aracena, Sevilha e Córdova.
Nesta foto, parcial dos alunos, podemos ver em primeiro plano da esquerda para a direita: Patrício Coelho, Jacinto, Jobling Adão e Silva, Carlos Sousa e José Riachos (falecido).
Em segundo plano: Lucas, Peres Dinis, Arcangela, ( ? ), Dr. Marcelino António Orrico Horta (Prof. de Ciências Naturais e Biologia) e Cunha.
Mais atrás: Aparício, Dr João Afonso Viana da Costa, "Ginjas" (Prof. de Filosofia) e o Dr. Francisco Taborda (sub-Director).

O Dr. Marcelino Horta foi um distinto professor no Frei, com óptimo relacionamento com os alunos. Dava aulas de manhã e à tarde trabalhava em investigação (entomologia-estudo dos insectos) em Departamento dos Serviços Florestais e Aquícolas estatais, numa transversal à Av. da República, Rua João Crisóstomo (?) em Lisboa, onde alunos muitas vezes se deslocavam à tarde em visita ao seu professor, que os recebia sempre com boa disposição e agradavelmente. Mais tarde emigrou para o Canadá onde se dedicou à investigação na mesma área.

O Aparício, o Hermenegildo ("Gilinho", em outra foto neste blog) e outro aluno, não tendo residência em Almada estavam instalados, durante o tempo de aulas, no último andar (terraço) do prédio onde estão os Correios, na Praça da Renovação (agora Pr. MFA).
Este andar era apelidado pelos alunos "a República do Frei".

almaDalmada agradece a antigo aluno a colaboração e cedência da foto