quarta-feira, 17 de junho de 2009

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

"A Boa Construtora - Fábrica Nacional de Relógios Monumentais" fundada em 1930 por Manuel Francisco Cousinha, na Rua Capitão Leitão, em Almada, fabricou relógios monumentais sobretudo para monumentos públicos e Igrejas.
Deixou de produzir depois do 25 de Abril de 1974, devido às complicações da Revolução então em curso.
Há relógios "Cousinha" pelo País, ex-colónias e Brasil.
Quem viajar pela zona centro de Portugal, nomeadamente no concelho de Arganil, encontra relógios "COUSINHA" na torre das igrejas de várias aldeias, o que para quem é natural de Almada deixa algum orgulho.
Manuel Francisco Cousinha era natural de Sobral Magro, freguesia de Pomares, concelho de Arganil, distrito de Coimbra.
Em Lisboa podemos também ver relógios fabricados em Almada, no Arco da Rua Augusta, no Museu Militar e no Mercado 24 de Julho.
A Fábrica de Relógios que dava horas a Almada, cujas oficinas ocupavam o rés-do-chão do prédio da foto, tinha então vários empregados. Era objecto da curiosidade das pessoas que passavam pelo local e sobretudo dos miúdos das Escolas Primárias Conde Ferreira, existentes na proximidade. Actualmente o edifício está desactivado para a produção e encontra-se alugado.
A continuidade do trabalho de relojoaria tem sido mantida pelo neto Luís Manuel Cousinha Vasconcelos Forra com oficina de restauro e assistência técnica aos relógios de "A Boa Construtora" instalados pelo país, através da "Cousinha - Electromecânica e Informática, Lda." em Marisol - Corroios.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Coisas de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

Equipa de Futebol do Operário Atlético Clube, um clube popular que existiu na zona do Pombal, Almada, entre a década de 40 e a década de 50 do século passado.
Esta era uma equipa. Outras podiam ser reconstituídas pela entrada de outro ou outros associados já que se substituíam nos seus impedimentos, por motivos profissionais (eram todos verdadeiros operários), lesões ou por baixa de forma física.
A equipa sempre que jogava, acompanhava-se de um massagista.
Era um modesto clube que não tinha, provavelmente, mais de 100 sócios mas possuía a determinação e atitude para que alguns dos seus associados fossem também os atletas que disputavam jogos com outros clubes congéneres não filiados e conquistassem alguns troféus em torneios populares.
Constituíam pois um grupo de pessoas que conviviam e confraternizavam unidas por uma equipa de futebol que era deles e eram eles. Ninguém tinha ordenado ou prémios de jogo, mas todos pagavam as cotas de associado.
Era um genuíno clube popular. Cada atleta levava o equipamento para casa para lavar.
Quanto à identificação dos elementos desta equipa, disse quem nos cedeu a fotografia que o 1º elemento de pé a contar da esquerda é o Mário Patarrinha.
Desta equipa constam três irmãos Gramaços, dois em pé a seguir ao Mário Patarrinha e o 1º da esquerda, de joelhos.
A foto foi tirada no terreno de uma das quintas ( Quinta do Pombal ?) que existiam à época na zona. Ao fundo e à esquerda do guarda-redes está o Mar da Palha (Rio Tejo).