domingo, 22 de dezembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Cerimónia do hastear a bandeira, quando da inauguração do Externato Frei Luís de Sousa em 2 de Dezembro de 1956.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Cartaz da autoria do Pintor almadense Louro Artur, alusivo à I Exposição de Poesia Ilustrada realizada no antigo  Dragão Vermelho - Café e Pastelaria - em Almada de 17 a 27 de Janeiro de 1960.

sábado, 23 de novembro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

Tem 50 anos esta fotografia parcial da Turma do 6º Ano do Externato Frei Luís de Sousa - ano lectivo 1963-1964 - com o Professor de Biologia Dr. Marcelino António Orrico Horta.
Estão na foto 16 dos 27 alunos da turma, que eram (pelo número de turma): Álvaro Gonzalez Baptista;  Carlos Fonseca Martins; Eduardo Lima Valente de Almeida; Eurico António da Conceição Marques; Gracelina Martins dos Santos; Hermenegildo Ascenso Lopes; José Carlos Gouveia Pereira; José Domingos Mendonça de Sousa; José Júlio Leitão Dinis; Luísa Emília P. Almeida Botas; Luís Fernando Pereira Medeiros; Luís Filipe Marques Pereira dos Santos; Luís Martinho Alves Pacheco; Manuel Henrique Patrício Coelho; Maria João Moreira de Lemos Correia; Maria de Lourdes Rosa Poeira; Maria Luísa Ataíde Sagreira; Maria Madalena Mira Brás; Maria Teresa Matos Ferreira de Paiva; Raúl Agostinho Monteiro da Silva Santos; Rui Olavo Claro Nunes da Mota; Victor Jorge Marques Rosa y Alberty; Victor Santos Neves; Eduardo Dias Costa; António Alberto Rodrigues Vidinha; Adriano Sérgio António Maria Bragança Van Uden; José Zuzarte de Mendonça.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Cacilhas em mais uma foto - onde se destacam os guindastes - de Setembro de 1979 ainda nos seus tempos dos estaleiros da Lisnave e da H. Parry & Son,, Lda (já na posse do Grupo C.U.F.) com a indústria naval e metalomecânica a garantir empregos, estabilidade económica e bom nível de vida  a muitas famílias desta margem sul e não só.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Os três primeiros edifícios à direita neste postal antigo, são sobejamente conhecidos de muito boa gente que vive actualmente Almada e de outra que se diz interessar pela "nossa terra", que não é a sua.
O que é desagradável é como a democracia e as amplas liberdades democráticas nas mãos de supostos  autarcas ditos democratas e, responsáveis "cidadãos exemplares",  só por serem ou se dizerem do suposto partido dos trabalhadores, do povo e dos explorados, permitiram se apossarem dos edifícios  - património particular e agora dito do povo, depois da usurpação - para os deixarem degradar até à derrocada presente de um deles.
São os maléficos custos de uma democracia em mãos erradas, para prejuízo dos cidadãos.
Contra a prepotência e escandalosa violência  no abuso do poder para fins eleitoralistas, seja de direita ou de esquerda, não há suposto associativismo cívico que prevaleça ou nos valha.

sábado, 2 de novembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Na noite de 8 de Junho de 1967, o Coro da Academia de Amadores de Música, dirigido por Fernando Lopes Graça, apresentou-se na Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense  num espectáculo onde interpretou dezoito canções regionais portuguesas harmonizadas pelo maestro, dez na primeira parte e oito na terceira parte. Na segunda parte Maria Barroso disse seis poemas de Poetas Portugueses.
A lotação da Academia (sala antiga) esgotou nessa noite.
Na imagem está o programa bem como a capa e contra-capa. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Programa da Festa do Corpo de Bombeiros da Associação dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, realizada no dia 1 de Novembro de 1977 por ocasião do "baptismo de duas novas ambulâncias e entrega ao serviço das três viaturas recuperadas".
Integrada na Festa, à tarde pelas 15 horas, realizou-se a Procissão da Padroeira de Cacilhas, Senhora do Bom Sucesso.
Em cima temos por ordem, a capa do Programa, as páginas 1, 4, 2 e 3. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

O colorido das típicas e populares casas de madeira das praias da Costa da Caparica antes do miserável e triste Polis, aqui na zona urbana com as torres Europa atrás.
Estávamos em 1977.

sábado, 19 de outubro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

Programa de uma festa organizada em 25 de Novembro de 1922 pelo Ginásio Club do Sul - Cacilhas - para angariação de fundos para melhoramentos no Ginásio, na qual participou o Grupo Dramático de Oeiras.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

O Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, chega ao Externato Frei Luís de Sousa em 2 de Dezembro de 1956 para a sessão solene de inauguração deste estabelecimento de ensino, então propriedade do Patriarcado de Lisboa.
É recebido pelo Director do Externato, à sua direita na foto, o Padre João Cabeçadas.

Em fundo na foto pode ver-se um autocarro da  empresa de transportes Piedense, parado na paragem que existia naquele passeio da Praça da Renovação. Vemos igualmente em fundo a Rua Fernão Lopes que partia desta praça em direcção ao Largo Comandante Sá Linhares, onde existia o jardim público com o mesmo nome e o antigo Tribunal Judicial de Almada.
O Comandante Sá Linhares havia sido Presidente da Câmara Municipal de Almada anterior ao Dr. Aquiles Monteverde.

sábado, 5 de outubro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Duas das actuais três Torres Europa, então em construção na Costa da Caparica. Ainda não havia o destruidor programa Polis, fruto da desencantada democracia, que amesquinhou esta bela praia de Portugal, uma das 10 melhores praias urbanas do Mundo, fruto da natureza, que os autarcas auto-intitulados democratas, nunca souberam preservar e defender, para bem da Costa da Caparica, do concelho de Almada e do País.
Vêem-se na foto algumas das típicas casas de veraneio em madeira, que à época integravam e ornamentavam a faixa litorânea entre as dunas e o areal/mar.
Ainda era a Costa da Caparica com multidões de gente e algum turismo de qualidade.

sábado, 21 de setembro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Cacilhas, o Largo Costa Pinto no ano de 1979, quando Cacilhas era ainda um grande porto fluvial, lugar de passagem, de encontro, de embarque e desembarque e porta de entrada para Sul de quem vinha de Lisboa, como também  de entrada para Lisboa, margem norte, para quem vinha do Sul.
De Cacilhas partiam carreiras de autocarros das empresas (antes da nacionalização) João Cândido Belo - Setúbal e Sul -, Covas e Filhos - Sesimbra -, Empresa de Viação Algarve (EVA) - Algarve -, Beira Rio - Cova da Piedade e Seixal - e, Piedense - Almada, Trafaria e Costa da Caparica (a Praia do Sol).
Era a grande Cacilhas com suas gentes locais e as gentes de passagem.
Era ainda a grande Cacilhas, com Ginjal e seus afamados restaurantes e marisqueiras que atraíam gente da capital.
Ainda se via alguma dignidade em Cacilhas e Ginjal. Hoje há muitas ruínas por aqui, após ditos e demagogos 39 anos de poder local "democrático", que levaram muitos cidadãos a discernir que foram enganados por oportunistas de ocasião, auto intitulados de democratas.
Hoje Cacilhas nem é uma sombra do seu glorioso passado. É uma triste penumbra.
A pseudo-democracia associada à partidarite e falta de visão de intitulados donos da democracia destruíram -na, porque nunca souberam gerir o espaço público, nem souberam respeitar o exercício da cidadania e a  opinião dos munícipes.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

No local onde esta loja de electrodomésticos  dos anos 50 e 60 do século passado esteve aberta, funciona actualmente a agência de uma seguradora.
Era então o primeiro prédio da antiga Avenida D.Nuno Álvares Pereira, recentemente destruída com a implantação de uma via férrea, que muitos problemas trouxe a Almada.

sábado, 14 de setembro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Aspecto do prédio onde esteve instalada a agência do antigo Banco Pinto & Sotto Mayor em Almada, Av. D.Afonso Henriques/Praça de Gil Vicente, nos anos 50/60 do séc. XX.
Actualmente este prédio tem outro aspecto exterior no piso térreo e as instalações daquele banco deram lugar à agência de outro banco comercial.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Anúncio nos anos 50 da casa do fotógrafo Paixão, - na Rua Bernardo Francisco da Costa, quase em frente à antiga Sapataria Madeira - como era conhecida no meio almadense nesse tempo.
Juntamente com a Fotal (Fotalmada) do Faustino, na Praça do Comércio, foram à época talvez as mais conhecidas e importantes "casas de fotografia" de Almada.
A "a. paixão Estúdio" já fechou há alguns bons anos. A Fotalmada ainda se mantém aberta, embora com outra gerência.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Manuel Alves Pereira, o Manuel Pereira para os amigos, deixou Almada e os amigos. Faleceu com 90 anos no passado dia 23 de Agosto. Não era natural de Almada, mas era um grande e sentido Almadense. Residia na Cova da Piedade.
O Sr. Manuel Pereira viveu e vivia Almada intensamente. Nasceu na freguesia de Lanheses, concelho de Viana do Castelo a 3 de Fevereiro de 1923. Aos dez anos veio viver para Almada e aqui construiu a sua vida e granjeou a simpatia e amizade das pessoas com quem contactava quer nos locais de trabalho, quer nas relações sociocomunitárias. Era um grande conhecedor da vida e vivências dos almadenses. Tinha uma memória viva, espontânea  e apurada de factos, ocorrências, pessoas, estórias e de muitas famílias de Almada por conhecimento pessoal.
O Sr. Manuel Pereira em conversas sobre a "sua Almada", surpreendia muitas vezes quem o conhecia e sobretudo quem o ouvia pela primeira vez  nas suas narrativas da vida almadense ou vivências profissionais, como tivemos oportunidade de observar.
Apesar dos seus 90 anos, com vida independente e ainda ágil na sua mobilidade, era um "jovem", fluente na conversação, causando alguma surpresa a quem desconhecia  sua avançada idade.
Trabalhou em Almada  na Companhia Portuguesa de Pesca, na Parry & Son  e no Arsenal do Alfeite.
Emigrou para a Holanda  na década de sessenta onde trabalhou na Indústria Naval. A sua paixão profissional era as máquinas e maquinismos a que se dedicou com empenho e espírito empreendedor que o levaram a ser um inventor. Em resultado desta sua dedicação à criatividade pessoal profissional, tem alguns registos e patentes.
O Sr. Manuel Pereira foi músico e dirigente na Academia Almadense, onde integrou também o coro. Quando regressou da Holanda e volta a Almada, dedicou-se a serviço comunitário colaborando em várias escolas primárias sensibilizando crianças sobre normas de trânsito e circulação pedonal.
Manuel Alves Pereira realizou aos 90 anos um sonho da sua vida: publicou com o apoio da Junta de Freguesia da Cova da Piedade o livro "Algumas Memórias de Almada e de Outros Lugares", apresentado  no dia 3 de Agosto de 2013 no Clube Recreativo Piedense.
Quem  conheceu, viveu e vive Almada ainda a partir dos anos 30, encontra neste pequeno e simples livro do Manuel Pereira - um pequeno manual de vivências, referências a colectividades, locais, factos, ocorrências, famílias e pessoas que marcaram, são parte da história e da vida comunitária, fizeram e são património de Almada.
Particularmente significativas no livro, as "Recordações da Rua Direita em Almada" - Rua Capitão Leitão - com referências a pessoas que aí viviam ou tinham a sua actividade: João da Sola, o barbeiro José Pratas, o Zé da Macaca, o Artur barbeiro, o Joãozinho da Capelista, o João das Máquinas, o Zé Menino, Joaquim dos Panos e o Roldão, entre outros.
Manuel Alves Pereira era membro da SCALA - Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada.
Quem o conhecia e com ele conviveu, sentiu a perda de um amigo.
 
Fica a homenagem a um cidadão almadense com 90 anos, que vivia a vida e a sua idade com  alegria de viver.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada


Mais uma imagem de Maio 1979, junto ao antigo supermercado Pão de Açúcar, então localizado na Quinta do Galo, Cova Piedade.
O pequeno trecho de piso no canto inferior à direita na foto é da Rua Conceição Sameiro Antunes.
Note-se as construções de habitações antigas que havia nas proximidades.
A foto refere-se a uma intervenção da Guarda Nacional Republicana, com cães e cavalos, realizada num sábado à tarde neste estabelecimento comercial, para proteger dos piquetes de sindicalistas os trabalhadores que decidiram trabalhar nos sábados de tarde.
Veja-se na foto à direita cavalos da GNR  a pastarem na erva, com os guardas junto deles e também a rede de protecção a um depósito de gás canalizado que abastecia os prédios locais, existentes para a direita da fotografia.
Um pormenor na foto: no poste do candeeiro de iluminação está escrito "PATO". Octávio Pato do PCP havia sido candidato às Presidenciais em 1976, vencidas por Ramalho Eanes.

sábado, 24 de agosto de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada


Paredão da praia da Costa da Caparica nos anos 70, fora da época balnear, com as "Torres Europa" à esquerda em construção. À  direita na imagem o suporte metálico da "Bola Nívea", referência para orientação na zona e "ponto de encontro" nos dias de praia.
Em plano anterior às "Torres Europa" a construção de madeira próximo das embarcações, será o antigo banheiro "Bexiga"?

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

Postal escrito pelo escritor almadense Romeu Correia ao seu amigo de sempre Jaime Couceiro Feio, com a notícia do matutino portuense "O Primeiro de Janeiro" a propósito da encenação  da farsa "O Vagabundo das Mãos de Ouro" pelo Teatro Experimental do Porto, a estrear nessa noite dia 31 de Julho de 1962 na cidade do Porto, onde o autor se encontrava para assistir à estreia.

domingo, 4 de agosto de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

Anúncio de uma Corrida de Touros na Praça de S. Paulo. Localizava-se onde existiu a antiga Escola Primária Feminina de Almada (Escola do Campo - Campo de S. Paulo), escola esta, mandada destruir recentemente pela Câmara Municipal de Almada depois de a deixar degradar e utilizar o terreno circundante - o recreio dos alunos - para outros fins que não educativos.
A Praça de S. Paulo foi inaugurada em 1843 com bancadas e camarotes de madeira, tinha capacidade para cerca de 500 pessoas. As touradas mais importantes que nela ocorriam eram nas festas anuais em honra de S. João Baptista,  que à data atraiam a Almada muitos forasteiros.
Em 1904 sofreu um incêndio, sendo reconstruída pouco depois, mas já não conseguiu atrair com fulgor as pessoas para este espectáculo. Entrou em decadência tendo sido demolida nos anos 30 do século XX.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

Factura/Venda a Dinheiro de 1948 ( a pouco menos de 65 anos ) do então muito conhecido alfaiate da Cova da Piedade, Sebastião Costa (como as pessoas o conheciam).
Para lá da alfaiataria, teve posteriormente na Rua Dr. Oliveira Salazar, frente à então Cooperativa Piedense uma loja de venda de lãs - Lãs Labeth - ( denominação vinculada ao nome de sua filha Elizabeth ).

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Quando a Costa da Caparica era ainda praia na segunda metade do Séc. XX. Depois veio o Polis e tudo descaracterizou e destruiu.
Actualmente  este local é caracterizado por um equívoco de progresso protagonizado pela Câmara Municipal de Almada e Governo, associados  a partidos políticos desta dissimulada democracia para onde os portugueses foram arrastados.
Na foto vemos em primeiro plano o telhado do restaurante "Carolina do Aires". No areal temos o terminal do antigo Transpraia que o Polis desvalorizou e destruiu, o banheiro Paraíso (construção azul ao centro) e à esquerda deste o restaurante "Tricana". À entrada do areal estão as passadeiras que levavam aos estabelecimentos de banhos Tarquínio e Paraíso.
 
Como nota significativa nesta imagem, o areal ainda não estava decorado inteligentemente pelo ecológico  "negócio" dos barrotes de madeira.
É reconfortante rever a Costa da Caparica antes de ser vandalizada democraticamente por dissimulados democratas, "antifascistas", progressistas e oportunistas.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Praça da Renovação no início dos anos 60. Uma imagem bastante rica em elementos que marcaram a época.
Em primeiro plano temos a carroça do popular "petrolino", "pitrolino" ou também apelidado "azeiteiro". Uma figura que ainda se via por Almada nos anos 50 e 60. Circulava pelas povoações com a sua carroça puxada por um animal de tracção, vendendo porta a porta o designado petróleo iluminante, álcool "desnaturado" (utilizado como combustível), lixívia, azeite, sabão, piaçabas, vassouras, palha-de-aço, entre outros produtos. Usava uma mala a tiracolo para guardar o dinheiro da venda e fazer trocos, tal qual se vê na foto, à sua esquerda.
Nesta foto observamos ainda à esquerda, a esplanada do Café Central, que nas noites de Verão se enchia de almadenses e famílias, depois as instalações do Banco Nacional Ultramarino na Av. de D. Afonso Henriques, com as suas grades em ferro pintadas de cor verde escuro, a Estação dos CTT, a esplanada do Café Snack-Bar Arcada  com o toldo colorido e o estabelecimento de electrodomésticos Radiolar.
Temos ainda na fotografia três automóveis, que marcaram igualmente esses anos,  estacionados por detrás do "petrolino", junto ao passeio em redor da Praça: da esquerda para a direita um Opel Rekord  de cores azul e branca, um Citroen 2CV de cor branca e atrás deste a parte dianteira de um Volkswagen "carocha". Três viaturas que nos dias actuais são muito desejadas por coleccionadores de carros e não só.
Repare-se também no marco vermelho do Correio para depósito de correspondência, no passeio frente à Estação, que tinha várias tiragens ao longo do dia.
Em primeiro plano ainda se vê na foto um carro manual de limpeza urbana, usada pelos "almeidas".

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Jacinto do Carmo Marques, velha glória do Sport Lisboa e Benfica, (defesa direito) nos tempos do treinador brasileiro Otto Glória, nasceu nas Barrocas - Cova da Piedade - a 1 de Novembro  de 1921.
Iniciou a actividade futebolística aos 13 anos numa colectividade popular "Os Azuis", tendo passado depois para o Liberdade, um clube popular da Mutela. Representou ainda, antes de ingressar no Benfica, o Sporting Piedense, o Aldegalense (clube do Montijo) e o Carcavelinhos.
Jacinto jogou no Benfica ao lado de Costa Pereira, Fernando Caiado, Mário Coluna, Artur, Águas, Cavém, Salvador, Arsénio e Bastos, entre outros.
Foi ainda treinador do Cova da Piedade.
Paralelamente à prática de futebol, dedicou-se também à indústria corticeira no concelho de Almada,durante muitos anos.

domingo, 7 de julho de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

De vez em quando, em Almada, é publicado um livro sobre o seu passado histórico ou sobre suas gentes. No passado dia 2 de Julho de 2013 foi apresentado na Junta de Freguesia do Laranjeiro, com a sala cheia, o livro de Alexandre Magno Flores e António Neves Policarpo " Quinta Real do Alfeite - Das origens ao advento da República".
Este livro teve o patrocínio da Junta de Freguesia do Laranjeiro e contou com a presença na apresentação, para além dos autores e da Presidente da Junta de Freguesia,  do Comandante da Base Naval de Lisboa (Alfeite).

Agradecemos a cedência da fotografia

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Vista da zona centro da Costa da Caparica numa imagem do início da segunda metade do séc. XX, em que sobressai a Rua dos Pescadores e o edifício do Hotel da Praia do Sol.
 Também é visível à direita ao início da Rua dos Pescadores, o prédio do café e esplanada "Papo-Seco".
Era através da  estrada que se vê em primeiro plano à direita-centro que chegavam à Costa da Caparica as carreiras de transporte público ( Empresa de Transportes Piedense ) e  trânsito, oriundos de Cacilhas e Almada.

sábado, 22 de junho de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Joaquim José Correia, o Quim Zé, cavaleiro tauromáquico, natural de Évora, residia na Cova da Piedade e fora aluno do Externato Frei Luís de Sousa.
Morreu a 16 de Outubro de 1966 no dia em que completava 21 anos ao participar num festival de beneficência  na arena da Praça de Touros do Campo Pequeno em Lisboa. Quando lidava o  touro, depois de cravar a  terceira farpa, o touro derrubou o cavalo e o Quim Zé foi colhido.
Pelo talento que revelava era um promissor cavaleiro tauromáquico.
Havia recebido a alternativa na mesma praça, das mãos de D. José de Atayde em 18 de Abril de 1965.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Folheto a anunciar a actuação do Conjunto Académico João Paulo, cujo vocalista era Sérgio Borges, na Incrível Almadense para 2 de Abril de 1966.
Este conjunto musical madeirense fez sucesso nos anos 60 em espectáculos em Portugal, na Rádio e Televisão e nas então províncias ultramarinas Angola e Moçambique. Do seu reportório salienta-se "Hully Gully do Montanhês", "Chove", "Milena" e "Sombras".

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

O popular almadense dos anos 50-60, António Madeira, proprietário da Sapataria Madeira, Rua Bernardo Francisco da Costa nº 75 - Almada, que depois abriria uma das sucursais na mesma rua, frente ao mercado.
António Madeira, cantor, tinha um programa semanal - Ondearte - todas as segundas-feiras às 19h 30m (duração 15m/30m ?) na antena de um dos então Emissores Associados de Lisboa (Radio Graça, Radio Voz de Lisboa, Clube Radiofónico de Portugal e Rádio Peninsular).
A Sapataria Madeira já não existe.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Verso de uma factura, com foto da fachada, relativa a compra de mobiliário efectuada em 1948  na Casa  SAUL LOPES situada na Rua Comandante António Feio, 111 a 119, em Cacilhas.
Estas instalações que existiam ainda na  década de 70, foram demolidas e no local foi construído um novo edifício, ficavam imediatamente antes do prédio antigo onde agora está o Bar Sangria, - lado esquerdo para quem sobe a Rua Comandante António Feio.
Saul Lopes teve posteriormente outra loja na Rua Capitão Leitão nº 87 A, B e C em Almada e uma terceira no Seixal.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Programa da Récita de Finalistas do ano de 1966 do Externato Frei Luís de Sousa, apresentada em 29 de Janeiro de 1966, onde os intervenientes, participantes, personagens e intérpretes, eram todos alunos deste estabelecimento de ensino.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu e Vive Almada

Nos anos 60 Almada teve os "DACKOTAS", conjunto musical composto por este quinteto de jovens: em pé da esquerda para a direita Luís Cousinha, Paulino e "Zé da Cadela", sentados "Zé Nabo" e "Roger".

sábado, 4 de maio de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

O Externato Frei Luís de Sousa teve  na segunda metade da década de 60 um Núcleo de Antigos Alunos cujos objectivos incluíam para além de manter um elo entre os antigos alunos e a escola onde passaram anos da sua formação, a  realização de eventos desportivos e culturais que visavam uma relação de proximidade entre os então alunos, os que haviam saído e respectivas famílias, sem esquecer os professores e funcionários.
Exemplo disso, está na reprodução acima inserida do bilhete/convite para uma Récita organizada pelo Núcleo dos Antigos Alunos em 13 de Janeiro de 1968.
Integraram os corpos gerentes do Núcleo, entre outros, os antigos alunos Fernando Jorge da Silva Pina, José Carlos Gouveia Pereira, José Manuel Silvestre, Óscar Mascarenhas, Rodolfo Gerardo Henriques.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

 
 
Anúncio à loja de electrodomésticos  e material electrónico "TOCAPIANO" , que foi referência no final da década de 70 e anos 80 em Almada, na comercialização destes produtos antes das grandes superfícies comerciais tomarem conta deste negócio.
A "TOCAPIANO" teve lojas na Rua de Olivença, (onde antes funcionou a ElectroGlobo), na Avenida D. Afonso Henriques ( no prédio a seguir ao Café Central) e na Rua José Fontana, esta a maior loja - a referenciada no anúncio acima.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Jorge Quaresma, anarquista, natural de Setúbal, residia em Almada. Seu pai, José Quaresma, também anarquista, era barbeiro em Setúbal e a sua barbearia foi local de encontro e  conspiração (secreta) de muitos anarquistas.
Jorge Quaresma fixou-se em Almada mas trabalhava em Lisboa. Era empregado de escritório numa companhia de seguros.
Frequentava o Café Central de Almada, onde se reunia e encontrava com outros anarquistas, nomeadamente José Correia Pires, José Brito (o "Velho Brito"), Sebastião de Almeida e Jaime Rebelo.
Quem frequentava com regularidade o Café Central nos anos 70 recorda-se certamente deste cidadão.
Pessoa muito sociável, após  Abril de 1974 foi um incansável divulgador dos ideais anarquistas junto de muitos frequentadores do Café Central, quando já funcionava na Rua Cândido dos Reis em Cacilhas, o Centro de Cultura Libertária.
Jorge Quaresma é citado por Edgar Rodrigues em seus livros sobre a História do anarcosindicalismo em Portugal.

domingo, 7 de abril de 2013

Gente de Almada, Gente Que Vive Almada

O Sr. Carlos Alberto Pinto Durão, almadense de raiz, embora tenha nascido em Lisboa (os pais viviam em Cacilhas), com os seus 83 anos é um cidadão que viveu e vive Almada,  falando-nos com  naturalidade rara de muitos aspectos, acontecimentos e conhecimentos do  seu passado vivido nesta terra e de gentes que aqui residiram, viveram, trabalharam e contribuiram para o crescimento e desenvolvimento da sua terra.
Os anos vividos, os acontecimentos passados, as relações pessoais e amizades que cultivou e o seu conhecimento de muitas das vivências, estão  presentes em si de tão viva memória que, quando se conversa com  o Sr. Carlos Durão aprende-se sempre algo mais  de Almada, que nunca encontraríamos nas páginas de um livro.
Iniciou a actividade laboral, quando tinha 17 anos, trabalhando com o avô materno, o Sr. José Pinto Gonçalves na empresa deste, José Pinto Gonçalves Lda, -  Armazém de Mercearias, Cereais, Legumes, Azeites e Vinhos e também agente dos cimentos Secil e distribuidor da Central de Cervejas - armazém cujas últimas instalações, foram na Av. D. Afonso Henriques nº 15 em Almada, desde Agosto de 1950 até ao encerramento em 1975.
Após a morte do avô, em 10 de Outubro de 1956, assumiu a gerência da empresa até 1961. Sai, ficando  na firma unicamente como sócio, continuando  todavia a assegurar  a representação da Unicervi, Lda. - Comércio e Representações, Lda.
No início da década de 60 adquire com a esposa as quotas da firma Mendes e Pinto, Lda, em Cacilhas, loja de comes e bebes, de que seu avô era sócio e abre depois aí a Cervejaria Farol, casa sobejamente conhecida e movimentada que mantém até 18 de Dezembro de 1974, vendendo então as quotas. Esta cervejaria que granjeou notoriedade desde seus primórdios, ainda existe no local, sendo uma casa de referência, no género, em Cacilhas.
Em Janeiro de 1975 ocupa-se em exclusivo como gerente da Unicervi, Lda,  com sede em Palmela,  situação que mantém até  aos 65 anos de idade, quando se reforma.
Paralelamente  à actividade   profissional e comercial dedicou-se e dedica-se ainda a actividades sócio-comunitárias. Foi mesário da Santa Casa da Misericórdia de Almada, elemento dos corpos directivos do Ginásio Clube do Sul durante 10 anos, do qual é sócio há mais de 67 anos,  da Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada - SCALA, de que é presentemente membro do Conselho Fiscal, depois de ter sido Tesoureiro durante alguns anos.
É sócio fundador  da Associação de Cidadania de Cacilhas - O Farol.
 
O avô paterno do Sr. Carlos Durão,  Jerónimo Rodrigues Durão, dono de várias embarcações no rio Tejo esteve ligado a actividades de transporte de mercadorias entre navios ancorados no rio e  margens e, de passageiros entre as duas margens do Tejo. Os cacilheiros "Renovação", "Recordação",  "Nacional"  e "Renascer" eram propriedade da famíla Durão (Jerónimo Durão & Filhos, Lda e depois,  Jerónimo Rodrigues Durão, Herd., Lda).
 
É frequente encontrarmos o Sr. Carlos Durão na Praça da Renovação em tertúlia de amigos, onde anos atrás também pontificavam: António Calado, Arménio Reis, Fernando Coelho, Francisco Bastos, Henrique Mota, Jaime Feio, Ludgero Braz, Manuel Machaqueiro e Miguel Cantinho, entre outros.
 
Cidadão  respeitado por todos, de raras qualidades pessoais e humanas, de relações cordiais, grande conhecedor de Almada e do concelho, aberto ao diálogo, tem dado um contributo valioso através do seu trabalho, conhecimentos e dedicação, para a dignificação de Almada e registo histórico de ocorrências, episódios, pessoas e vida da sua terra.


A fotografia é de Luís Filipe Bayó Veiga, a quem agradecemos a colaboração.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

A Praça da Renovação na segunda metade dos anos 50 do séc. XX, já com o acesso ao Externato Frei Luís de Sousa construído (à direita na foto).
À esquerda vemos um autocarro provavelmente parado, na paragem então aí existente, frente ao local onde existiu  "A Calhandra"- cervejaria, snack-bar, mariscos.
No centro da rotunda está um candeeiro alto de iluminação pública, que substituiu o poste de madeira inicialmente aí colocado que servia de suporte a fios. Havia quem designasse este candeeiro por "pimenteiro".
Ainda à direita na foto vê-se parcialmente a esplanada do Café Central, inaugurado em Junho de 1956 e por cima da esplanada é visível o anúncio da Escola de Condução " A Automobilista Almadense".
Também é possível visionar na foto à direita, no passeio, o marco cilíndrico  do correio que durante muitos anos aí existiu, onde os almadenses habitualmente colocavam a correspondência a ser expedidas. Havia várias tiragens ao longo do dia.
Nesta foto, o oculista Manolo, (actualmente Foto-Óptica Ore, Lda) já tem o anúncio exterior luminoso "OCULISTA" com o esquema  de uns óculos ao lado.
Como curiosidade, repare-se que ainda não havia candeeiros de iluminação pública em redor da Praça.

domingo, 24 de março de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

 
Anúncio de 1959 da Casa de Saúde  "Dr. António Resende Elvas" na Cova da Piedade, dirigida por seu filho Dr. Augusto Cura Resende Elvas a partir de final de Setembro de 1951.
A Clínica do Dr. António Resende Elvas  foi construída em 1935, não tinha este aspecto exterior, era de menores dimensões e área. Seu filho, que sucedeu ao pai na direcção da clínica, remodelou-a profundamente em 1955, ficando com a fachada que a imagem mostra.
Foi clínica médica  com bloco operatório e enfermarias, referência para cuidados de saúde à época.
Em finais de 1986 o Dr. Augusto Cura Resende Elvas arrendou o edifício a uma sociedade de médicos que  fizeram grandes obras e passou a designar-se Hospital Particular de Almada.
O Dr. António Elvas não era natural de Almada mas desde muito cedo, anos 20, radicou-se no concelho  abrindo consultório na Rua Capitão Leitão, a "Rua Direita", em Almada.
O Dr. António Resende Elvas faleceu em 21 de Julho de 1975 com 83 anos.

domingo, 17 de março de 2013

Coisas de Gente Que Viveu e de Gente Que Vive Almada

"Selos" de apoio e ajuda aos presos políticos antes de 1974. Certamente há por aí muito antifascista oportunista, do pronto a vestir político do pós 25 Abril 1974, que diz  ter sido sempre de esquerda, se arroga do direito de insultar e ofender quem não é do partido, mas nunca soube o que era isto.
Estes "selos", têm  história de uma consulta de estomatologia, em 1969, com o Dr. José Malheiro da Silva, em que um jovem necessitando  de tratar um dente, se dirige ao consultório deste distinto médico e quando ele observa o  dente em causa e os restantes, diz, que para além desse a necessitar tratamento urgente (desvitalizado), há mais quatro cariados.
Diante do quadro clínico o paciente, jovem estudante um pouco assustado com a factura/despesa, fazendo conta ao rombo no orçamento familiar, pergunta: doutor, em quanto importa o tratamento dos cinco dentes?
O médico diz: como  é estudante só lhe cobro 500$00 (quinhentos escudos), mas atenção, esse dinheiro não é para mim, é para apoio aos presos políticos e, dou-lhe o comprovativo do seu contributo.
Resposta do jovem: pode tratar os dentes, aceito as condições!
Pode-se acrescentar que uns tempos depois, um ano ou dois, em nova consulta de estomatologia, o Dr José Malheiro teve a mesma atitude. Desta vez cobrou 200$00, verba também destinada a apoio aos presos políticos, entregou os selos respectivos e acrescentou: guarde-os porque este regime não vai durar muitos anos.
Daí em diante, o Dr. José Malheiro nunca mais pediu nem cobrou qualquer importância em consultas e tratamentos de dentes a esse jovem, antes e após Abril de 1974.
 
 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

 
A então conhecida Estalagem Rosa dos Ventos dos tempos áureos da Costa da Caparica, anos 50-60, ficava na Rua Dr. Castro Freire, rua que é perpendicular à actual denominada Rua Catarina Eufémia.
No local foi construído um prédio que apresenta alguma semelhança na fachada com a da antiga Estalagem.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Na Praça da Renovação, o edifício dos serviços - Dispensário de Almada - do Instituto da Assistência Nacional aos Tuberculosos na década de 60,  já desactivado.
Os serviços que funcionavam aqui foram transferidos para novas instalações localizadas no morro ao início da  Rua das Terras dos Cortes Reais, no Pombal, Cova da Piedade.
Foi Director deste Dispensário em Almada o conhecido médico Dr. Henrique Barbeitos.
Por trás do edifício está o Externato Frei Luís de Sousa. à direita na foto é agora a Rua Luís de Queiroz,  antiga azinhaga de Matacães.
O terreno com área de 833m2 onde estava implantado o edifício foi alienado pelo Estado à Câmara Municipal de Almada, para urbanização, em 25 de Julho de 1964 por 600.000$00, destinados a custear a construção e o apetrechamento das novas instalações.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Vive Almada

José da Silva Pinho - Mestre Zé - é natural de Lisboa, nasceu a 16 de Março de 1925 na freguesia de S. Miguel, em Alfama. Em 1952, com 27 anos veio morar para Almada.
Começou a trabalhar aos 7 anos vendendo jornais. Aos 12 anos deixou  este "emprego" e enveredou pela vida de marítimo no Rio Tejo na fragata "A Corticeira" de Albano Leite onde era "moço".
Tirou a Cédula Marítima na Delegação Marítima de Vila Franca de Xira e foi subindo na carreira que abraçou. De "moço" passou por marinheiro, arrais, contra-mestre e mestre (tirou a carta de mestre em 1952) .Terminou nesta categoria a actividade profissional no ano de 1983 reformado por inavlidez. Era então mestre do rebocador "Mutela".
No seu curriculum de marítimo para além de fragatas,  passou por várias embarcações, cargueiros: "cargueiro do Geada", batelões: "Miguel", "Ota", "César" e "Arneiro", lancha "Monfortinho", rebocadores: "Fuinha",  "Monsanto"  e "Mutela".
Em 1943 entrou para o quadro de pessoal da Companhia Colonial de Navegação na categoria de moço e em 1949 passa a marinheiro no rebocador "Mutela".
A  actividade de marítimo não se limitou ao Rio Tejo. Também fez navegação de cabotagem  entre Lisboa, Aveiro, Porto e Viana do Castelo.
Quando do acidente no Rio Tejo com o porta-contentores inglês "Tollan",  Mestre Zé colaborou no salvamento, transportando náufragos deste para o Cais-do-Sodré.
No início de Julho de 1974, quando era mestre no rebocador "Mutela", com os seus homens, fez o salvamento de dois cadetes, James Wale de 23 anos e Rogers Kenneth de 21 anos, do navio-escola americano "Bay Satare", fundeado no Tejo.
 Os cadetes regressavam ao navio-escola depois de parte da noite passada por Lisboa e atrasaram-se. Ao chegarem ao cais, já não tinham transporte para o navio que se encontrava fundeado. Decidiram  meterem-se numa pequena lancha, de caixa aberta que ali se encontrava, a remos. Passado pouco tempo esta começou a meter água, atiraram-se ao rio e foram arrastados até próximo do pilar norte da Ponte sobre o Tejo. O cão de bordo do "Mutela", (do qual José Silva Pinto era o mestre) deu o alerta, começando a ladrar, pelas 6 horas da manhã.
Depois de recolher os cadetes, Mestre Zé transportou-os até à Rocha Conde de Óbidos e entregou o caso à Polícia Marítima que os levou ao Hospital.
A ocorrência foi publicada no Diário de Notícias de 2 de Julho de 1974.
Depois de tantos anos de trabalho marítimo, actividade que abraçou com dedicação e "amor à camisola",  Mestre Zé fala da sua vida e tempos passados no Rio Tejo  com conhecimentos enraizados, vividos e sentidos.
É um coleccionador nato. Entre as suas colecções não poderia faltar uma colecção de fotos e  informações sobre  paquetes, veleiros, navios de guerra, rebocadores, fragatas, cacilheiros e outras embarcações.
 
Mestre Zé com os seus 87 anos, aparece frequentemente, quando o estado do tempo permite, pelas manhãs e tardes, pela Praça de Renovação na esplanada do "Rifera" para  momentos de convívio com amigos, entre estes o Sr. Carlos Alberto Durão, beber a "bica" e fumar um cigarro, hábito ( fumador) que cultiva há mais de 70 anos.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

É uma imagem da Praça da Renovação nos primeiros anos da década de 60. Da esquerda para a direita em piso térreo temos as instalações dos Correios, (era ao tempo a única Estação dos Correios em Almada) que ainda hoje funcionam no mesmo local, a seguir o Café Snack-Bar Arcada com esplanada e depois temos a Radiolar - loja de electrodomésticos e venda de discos de vinil (música). O edifício à direita e um pouco atrás é o Externato Frei Luís de Sousa.
No terreno que se vê frente ao muro branco estava o edifício do IANT (Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos), posteriormente demolido, Aí foram construídos dois o prédios. Num deles está sediada actualmente a Agência da  Caixa Geral de Depósitos.
No prédio à esquerda, funcionava no primeiro andar um cabeleireiro-salão de beleza designado "Beleza Feminina".
Por cima da Radiolar, na esquina do prédio, vê-se o anúncio aos frigoríficos Kelvinator.
O local frente à Radiolar era ponto de convívio dos alunos do "Frei" dos  6º e 7º anos nos intervalos de 10 minutos entre as aulas. Eram os únicos que estavam autorizados a sair das instalações durante os intervalos.
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Vive Almada

É já na próxima sexta-feira, dia 15 de Fevereiro pelas 21 H que no Café "Chá de Histórias", na Rua Cândido dos Reis em Cacilhas, acontece a 2ª Noite do Vinil, onde se pode ouvir  música dos anos 50 e 60 em discos de vinil. A entrada é livre.
A 1ª Noite do Vinil realizou-se no dia 18 de Janeiro de 2013 e foi um êxito.
A apresentação e condução da "Noite"  é feita pelo almadense  José António Santos -"Pila".
Está previsto acontecerem estas sessões todas as terceiras sextas-feiras de cada mês. 
As "Noites do Vinil" são uma organização de "O Farol" - Associação de Cidadania de Cacilhas e da "AAAEEN" - Associação de Antigos Alunos da Escola Emídio Navarro.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu Almada

Notícia publicada no Jornal de Almada - Semanário Regionalista - Nº 595 Ano XII de 15 de Maio de 1966, cujo preço de venda era  1$00 (um escudo).
Na data era Director do Jornal de Almada o seu fundador, Padre Manuel Marques e o Administrador era João Narciso Martins.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Postal da Praia da Costa da Caparica (centro), provavelmente de finais dos anos 60 do século XX, já com parte do paredão construído, mas ainda sem os esporões.
Vêem-se da esquerda para a direita os banheiros (estabelecimentos de banhos) Paraíso, Tarquínio e o Evandro. O Evandro viria a ser desactivado. Na zona onde está a começar a ser construído um esporão, vê-se o antigo restaurante "O Bento".
No areal atrás dos banheiros é visível a linha do Transpraia e os locais demarcados para banhos de sol. No canto inferior esquerdo da foto temos a típica embarcação de pesca da Costa da Caparica.
À direita na foto para além das casas de madeira, está um "carrousel" para crianças.
Para a direita de "O Bento" estavam os banheiros "Primoroso",  "Marcelino", "Vitória" com restaurante (na praia) e ficavam as designadas praias de S.António e S. João da Caparica até ao "bico da areia" - Cova do Vapor.
Os banhistas chegavam aos estabelecimento de banho e ao mar caminhando sobre passadeiras de madeira ao longo das quais  e lateralmente, existiam  postes de madeira com tamanho médio,  onde eram afixados pequenos painéis publicitários.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

Almada em postal de um passado muito recente, finais do Séc. XX,  em imagem da antiga Praça de Gil Vicente, com aspecto urbano, moderno, onde o verde e a água faziam parte da paisagem e da vida desta cidade no local.
O contraste com a imagem actual da mesma Praça, depois da designada "requalificação urbana" desencadeada pela Câmara Municipal é brutal e para pior. Hoje neste mesmo lugar de Almada passa um comboio inútil e despesista e, predomina a pedra na paisagem associada a postes que sustentam a catenária. Perdeu-se a beleza da Praça, o verde, as flores, as árvores, o movimento das pessoas e Almada ficou cheia de pedras
Almada andou para trás na primeira década deste Séc. XXI. Desertificaram-na. Tiraram-lhe vida urbana e a vivência  humana no quotidiano.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Vive Almada

 
Fernando Paiva Moura, à esquerda na foto com Edgar Rodrigues, nasceu em Almada  a 3 de Dezembro de 1925, fez o curso Industrial na Escola Fonseca Benevides e aos 16 anos começou a trabalhar no Arsenal do Alfeite como Ajudante de 3ª Classe,  onde se reformou  como Contra-Mestre de 1ª.
Aos 16 anos  iniciou-se no movimento cooperativista na Sociedade Cooperativa Almadense como associado, tendo passado por vários cargos nos corpos gerentes. No âmbito das  actividades cooperativistas com José Correia Pires, outro cooperativista e anarquista, criaram  a Cooperativa de Panificação SulCoop, (associação de outras cooperativas da Margem Sul) para abastecer de pão as associadas.
Fernando Moura esteve sempre ligado aos destinos da Sociedade Cooperativa Almadense, na qual foi um acérrimo defensor dos ideais cooperativistas e libertários.
Quando a PluriCoop tentou nos anos 1976-1977 tomar conta das Cooperativas e do movimento cooperativista, Fernando Moura e outros, tal como Leonel Guerreiro Andrade e  Gouveia Mendes Martins, estiveram na primeira linha de oposição a essa tentativa. Foram  defensores dos ideais do movimento e do património que aos sócios pertencia, tendo travado dura luta que levou a que esta cooperativa tivesse sobrevivido à anexação e à destruição do  património dos sócios
O património que era dos sócios, aos sócios continuou a pertencer.
Vítima do "progresso" económico-social que pôs fim às actividades tradicionais do movimento cooperativista, a  Sociedade Cooperativa Almadense por vontade dos sócios foi convertida em Cooperativa Almadense de Solidariedade Social, através de um projecto de importância sócio-comunitário, virado para a área da Saúde com  cuidados médicos primários e continuados  de apoio aos sócios  e à comunidade, mercê do espírito cooperativista e valores humanistas dos seus associados,  que permitiram a disponibilidade do património para fins socialmente dignos.
É uma obra que está sendo erguida graças à resistência de Fernando Moura e de seus companheiros, contra as tentativas de totalitarismos, na defesa de valores humanistas e da liberdade de pensamento e expressão do ser humano, livre de qualquer opressão, seja da dita esquerda ou da dita direita. 
 
Nota: A foto foi tirada em Almada, na Praça da Renovação, a 24 de Maio de 2004, por ocasião da visita de Edgar Rodrigues a Portugal, quando veio a Almada na tentativa de conseguir encontrar ainda alguns velhos anarquistas aqui  residentes, José Correia Pires, Jorge Quaresma, Sebastião de Almeida.
Edgar Rodrigues, pseudónimo de António Francisco Correia, anarquista, nasceu a 12 de Março de 1921 em Angeiras, Freguesia de Lavra, Matosinhos, Portugal, faleceu a 14 de Maio de 2009 no Rio de Janeiro. Emigrou para o Brasil em 1951 por perseguição do regime Salazarista. 
Realizou um excelente trabalho de biografias e historial do movimento sindicalista e anarquista em Portugal e no Brasil de que tem publicadas mais de 60 obras.

 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

"Cidade de Almada" foi um jornal cuja  publicação teve início no mês de Setembro de 1978, do qual divulgamos o cabeçalho de seu nº 1.
O jornal tinha como Director  o seu proprietário Juvêncio Pires e sede na Rua Luís António Verney, 19 - 1º Dtº,  Cova da Piedade.
O Chefe de Redacção era José Salvador  e a composição, montagem e impressão fazia-se na União Gráfica, Rua de Santa Marta, 48  Lisboa.
A Direcção Artística era de Paulo Jorge, assistido por Juvêncio Pires.
Era intenção da Direcção transformá-lo num jornal só para assinantes, conforme se escrevia na 2ª página.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

 
Faleceu esta madrugada vítima de doença implacável o almadense Afonso Morgado com 65 anos de idade, amigo e antigo companheiro na Escola Primária  Conde Ferreira de Almada.
Sempre revelando boa disposição, camaradagem  e prazer de conviver com amigos, deixa entre estes um grande pesar ao partir  tão violentamente do seu circulo de amizades.
À mulher, filhos e restante família, sentidas condolências.

Imagem de foto do blog da Associação de Antigos Alunos da Escola Emídio Navarro.