sábado, 28 de abril de 2012

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada


Cartão/Bilhete de Identidade de estudante (com foto) perante um operador privado de transportes públicos  no rio Tejo,  nos tempos anteriores à democracia.
Este é da Sociedade Marítima de Transportes, Lda (Parceria) e permitia ao portador a aquisição do bilhete de ida e volta nas carreiras diurnas com um bónus de 50% na tarifa normal.
Naquele tempo era assim. A qualquer estudante da margem sul, ensino primário, secundário ou universitário, o operador de transportes públicos privado concedia o bónus de 50% na tarifa, um alívio para as despesas familiares. Presentemente ser estudante não é considerado valor social potencialmente útil ao País e à Nação. Ser estudante é mais um contribuinte a explorar.  Estudante e família, para os  políticos, são considerados  fonte de receita para pagar gastos irresponsáveis dos governantes e autarcas.
Queres estudar? Pagas e bem! 
Hoje as empresas de transportes públicos privados, apesar dos lucros que têm, ainda recebem democraticamente subsídios do Estado/Governos.
A concessão de bónus era feita por todas as operadoras de transportes no Tejo, além da acima citada, Sociedade Nacional de Motonaves, Lda; Jerónimo Rodrigues Durão Herd, Lda;  Empresa de Transportes Tejo, Lda; bem como pelas empresas rodoviárias privadas Beira Rio e Piedense.

domingo, 22 de abril de 2012

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Da publicação alusiva ao CORTEJO DE ALMADA  "Da Nascente à Foz do Tejo", integrado nas Festas em Honra de S. João Baptista, realizado nesta Vila no dia 21 de Junho de 1970, divulga-se acima  a relação de figurantes, participantes e representações  no evento histórico, etnográfico e social.
A propósito, lia-se na publicação:
Esta parada alegórica inspira-se na tradição secular das auras públicas da vila. Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e Moderno" regista a Festa de Almada nestes termos: "Era famosíssima até 1834 a Festa de S. João Baptista em Almada. Despovoava-se Lisboa e outras terras do Alentejo e Estremadura para a irem ver. Era curiosa pela singularidade de alguns dos costumes antigos que apareciam na procissão e nas cavalhadas. Quase sempre havia corrida de Touros."
Assim o Cortejo "Da Nascente à Foz do Tejo" será um rejuvenescimento do programa da Festa de S.João Baptista e um enaltecimento do rio, como motivo primacial da Vila de Almada, dando-o a conhecer à assistência de hoje numa visão histórica, etnográfica e social.

Nota: a capa desta publicação foi divulgada aqui em "post" de 9 de Março de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada.


Final da década de 50 do Séc XX, em primeiro plano o princípio da Av. D. Afonso Henriques, onde havia uma paragem de autocarros dos transportes públicos de um lado e outro. À Direita temos  um autocarro da Empresa "Piedense" no sentido de Cacilhas. À esquerda vêm-se pessoas aguardando transporte na paragem.
Vemos o espaço onde posteriormente foi implantada a Praça Gil Vicente, obviamente ainda sem a Fonte Luminosa (o Repuxo).  A Fonte Luminosa foi mandada construir pelo então Presidente da Câmara Dr. José Valeriano da Glória Pacheco.
Depois da Praça Gil Vicente temos a Av. Frederico Ulrich, sem os actuais prédios.
Ao fundo na foto descortina-se o morro de Cacilhas. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Em 9 de Junho de 1989, Silvino Vieira Neto escrevia no jornal "A Tribuna de Almada" uma crónica sobre o Jantar do "partido",  "partido" que nada tinha a ver com política, nem a política era objecto de conversas nos jantares. A designação que provocava alguma suspeita em certas pessoas, nunca se tendo sabido se não teria havido algum "infiltrado"  ou "espião", próximo, quando dos jantares.
Tratava-se única e exclusivamente de um grupo de amigos almadenses, que no início, todos os anos se reunia na noite de São Martinho para um Jantar de Convívio, em restaurantes do concelho.
Com o correr dos anos chegaram a organizar encontros em  datas especiais para além da comemoração do São Martinho.
Como o texto refere, eram almadenses de várias profissões os elementos do "partido", sendo o Humberto Queiroz  o dinamizador e  aglutinador.
No passeio da Praça da Renovação, na área da estação dos CTT ainda se encontra inserida no solo uma pedra rectangular alusiva ao local onde Humberto Queiroz e outros almadenses se encontravam, nas sextas feiras à noite, para uma cavaqueira nocturna até altas horas, em redor de um banco público que ali existia.
Silvino Neto, o redactor desta crónica jornalística era muito conhecido no meio almadense e figura frequente dos cafés e "snacks" da Praça da Renovação, nomeadamente do Snack "Calhandra". Tinha por vezes, na roda de amigos, umas "saídas" inesperadas e insólitas, sendo por isso mais conhecido entre estes por  o Neto "maluco", para o distinguir de outro Neto, também almadense e frequentador do mesmo circulo.
Conta-se e é verdade, que o Silvino Neto, uma noite foi com amigos a uma sessão de cinema na Íncrivel Almadense. Ficaram sentados no  1º Balcão e quando o filme estava a decorrer, o Silvino Neto levanta-se, abeira-se  do varandim e grita para a plateia: " Eh pessoal, atenção que eu vou vomitar!"
Como é natural  provocou um reboliço e a debandada dos espectadores que estavam sentados a descoberto na plateia.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada


O Padre Manuel Marques, foi pároco de Almada, após ter passado pelo Seminário de Almada como aluno. Enquanto pároco desta vila, fundou em 28 de Novembro de 1954 o Jornal de Almada - 2ª Série - de que foi Director, Semanário Regionalista que tinha por lema "Um pregão de ideal que levamos a todos", cuja Redacção e Administração era na  Rua D. João I, nº 9 - 1º Esq. - Almada.
O Jornal de Almada deixou de ser publicado já neste século, após tentativas de controlo político local, pouco tempo depois de completar 50 anos ao serviço do concelho e dos almadenses.
Apesar de ter desaparecido, este Jornal ainda é relembrado como uma referência de Almada, pelos valores que transmitia e defendia e, participação  social na vivência do concelho. Foi um jornal aberto à população. Era  um jornal dos almadenses. Por isso incomodava algumas pessoas, nos últimos anos.
O Padre Manuel Marques foi  também professor no Seminário de Almada e professor de Religião e Moral na Escola Comercial e Industrial Emídio Navarro (Almada). Integrou ainda  a capelania do Monumento a Cristo-Rei.
Foi Vigário-Geral da Diocese de Setúbal.
Nasceu na freguesia de Paialvo, Tomar em 23 de Abril de 1921 e faleceu em 22 de Fevereiro de 2007 com 85 anos.