quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Coisas desta politicada Almada


Esta de um "Grupo de Campistas da Caparica" é  das melhores/Piores coisas que poderiam acontecer nesta inerte e escorregadia política local pela qual Almada vai passando.
Afinal que grupo é este, que não se identifica? Onde residem?
Que tipo de Campismo fazem?
Campistas da Caparica nada diz sobre suas personalidades, cidadania, civismo, objetivos sociais e políticos, idoneidade, isenção ou opção política, etc, etc.
Com esta mensagem em carta endereçada pessoalmente, sem remetente, querem convencer, sensibilizar quem? Mudar ou orientar o sentido de voto de quem?
Não acham que cada cidadão deve pensar por si e decidir. Na URSS todos tinham de pensar pela mesma cartilha e optar pelo partido único. Liberdade de pensamento, de decisão e  de expressão não eram  permitidas.
Não sabem estas personalidades, estão a ignorar, já esqueceram ou nunca souberam, que a Câmara Municipal de Almada PCP/CDU quando do Programa Polis para a Costa da Caparica quis retirar os Parques de Campismo da parte sul (Campo da Bola) para outro local?
Constituirão uma das células camufladas do PCP?
Estão a atirar poeira para os olhos de quem?
Ou é o desespero da candidatura da CDU a quem se entregaram ou aceitaram para servir de muleta em troca de quê?
Já se esqueceram o quanto foi negativo o tal Polis da unicidade dos restaurantes/bares contentores, das "dunas" - construídas na zona centro das praias (as urbanas) - cheias de lixo (pedras, vidros, ferros, madeira, cartão, papéis, pedaços de tijolo, etc), tudo isto agora escondido nessas dunas artificiais, nas madeiras (que se degradaram) a fazer tapetes sobre a areia, para a Costa da Caparica?

Isto só foi possível porque a fiscalização fechou os olhos e foi no tempo da anterior Presidente da Câmara - um pormenor de Trabalho, Honestidade e Competência - (e da Junta de Freguesia PSD) que integrava os órgãos do Polis.
Quem permitiu retirar o Transpraia do final da Rua dos Pescadores, com as consequências negativas que teve e tem? Não foi a Câmara Municipal de Almada do PCP/CDU?
E o estado em que se encontrava o piso da Rua dos Pescadores?

Também já se esqueceram disto, ocorrido em Maio 2010?

" Correio da Manhã de 06Maio2010 noticiou (foto e texto):

" Almada: Insultos, empurrões e ânimos exaltados na Costa de Caparica Tomam terras à força Insultos, ânimos exaltados, empurrões e muita emoção. Poucos minutos passavam das 09h00, quando Américo Alves viu ontem um forte contingente de 35 homens da GNR e técnicos da Câmara Municipal de Almada entrarem nos terrenos que cultiva com a sua família há gerações, na Costa de Caparica. Terrenos adquiridos pela Câmara em 1972, mas cujos arrendatários lutam há anos em tribunal, com os processos ainda a decorrer. Apesar de não haver sentença, foi ordenada a tomada dos terrenos agrícolas, com nervos à mistura. 0h30 'Isto é uma vergonha, estes terrenos são nossos', gritavam algumas das pessoas que ganham o sustento com aquelas terras agrícolas ao mesmo tempo que tentavam impedir que os militares da GNR entrassem no terreno e que os funcionários camarários arrancassem os equipamentos de rega. 'Entraram aqui e não apresentaram um único papel, além de que existem processos em tribunal e uma providência cautelar. Notificaram-me para sair até 28 de Abril, mas não podem fazer isto, pois ainda não há nenhuma sentença e eu pago uma renda todos os meses. Isto é a minha vida e o meu ganha pão', disse ao CM Américo Alves, de 66 anos, que explora o terreno, ao mesmo tempo que mostrava os papéis do tribunal. 'Esta é uma guerra antiga e a senhora presidente da Câmara está a roubar-nos. Ela só faz isto para ganhar dinheiro. Somos pessoas honestas e de trabalho.' "


(para ler tudo também pode fazer copy  paste)

Segundo a notícia, quem ordenou isto, quem foi?

Triste ideia e iniciativa deste Grupo de Campistas. 
Para quem não se esqueceu, não esquece e não ignora o passado, a missiva enviada pelo "Grupo de Campistas da Costa"   terá muito provavelmente um efeito oposto. É capaz de sair o tiro pela culatra ao Grupo, de esclarecidos moralistas políticos,  Campistas da Caparica, "detentores da verdade", no caso.

E isto para não falar nos danos que a tal Câmara Municipal  CDU/PCP de Maria Emília de Sousa provocou a Almada, ao comércio local, à vida urbana  e aos moradores ao longo do canal ferroviário com a implantação do comboio MST.
A Costa da Caparica é o que é e não evoluiu como merecia pelas suas naturais e excelentes condições da praia  porque a gestão camarária PCP/CDU durante 40 sempre a desprezou e nunca promoveu as suas potencialidades turísticas. Cultivou sempre um "turismo" de baixa qualidade,
Será que desprezou e ignorou a Costa da Caparica porque não era Junta de Freguesia sua?

Este Grupo de Campistas da Caparica afirma...os informados não acreditam no que estes afirmam...os sábios duvidam das certezas deste Grupo  e os  sensatos reflectem sobre as intenções deste Grupo.

O concelho de Almada  desenvolver-se-á quando:

- deixar de ser utilizado politicamente por oportunistas sedentos de poder e de realização das suas egoístas e prepotentes ambições pessoais e/ou ao serviço de grupos ou dos partidos políticos, como aconteceu no passado recente de domínio PCP/CDU, em que os interesses dos almadenses e residentes foram sempre menosprezados em nome da superior e exaustiva tríade de moralidade dos mandantes: "Trabalho, Honestidade, Competência".
Em nome desta tríade faziam e fizeram tudo  o que queriam nas costas dos munícipes, usando estes  como capacho, muitas vezes com a colaboração velada de alguma oposição ou de alguns elementos desta, uma e outros sem escrúpulos, que se entregavam no seu regaço

- os autarcas eleitos se dedicarem à causa pública:

SERVIR AS PESSOAS.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Coisas "d´outra Almada" Parte I


A propósito de actuais profetas, videntes ou gente com "visão futurista" anunciarem ou reivindicarem o prolongamento da linha  do comboio MST até à Costa da Caparica ( que não estava prevista na 1ª fase do Metropolitano Ligeiro do Sul do Tejo - Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo - Acessibilidades e Transportes - Novembro 2002), convém recordar algumas passagens proféticas e muito elucidativas que constavam naquele Programa (do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação) com intuito muito provável de justificar a razão de ser da obra, convencer cépticos ou negacionistas, como hoje se diz, da  utilidade do MST e tentarem não deixar qualquer margem para dúvidas aos fiéis, sobre o altíssimo interesse de realizar a façanha. Eis:

1."MODELO DE GESTÃO
A gestão da infra-estrutura após o início da exploração da rede MST será da total responsabilidade da sociedade concessionária, a qual será igualmente responsável pela sua conservação e manutenção tendo como obrigação a entrega da infra-estrutura de volta ao Estado Português no final da Concessão em perfeitas condições de utilização."

Recorde-se o ruído que o combóio fazia e faz ! 
Alguém foi responsabilizado até à data por isso e pelos danos causados e que causa às pessoas que residem ao longo do espaço canal, bem como pelos danos causados nos edifícios e suas estruturas com a trepidação provocada pela circulação do dito?

2."PRINCIPAIS BENEFICIÁRIOS
Nesta primeira fase, a população dos concelhos de Almada e Seixal, bem como todos os agentes económicos locais, são os principais beneficiários do projecto.
A população destes dois concelhos é de cerca de 280 mil habitantes (em 2002). Os  maiores quantitativos populacionais verificam-se num eixo ao longo da EN 10 que abrange as freguesias destes dois concelhos, precisamente na zona da implantação do MST. Estima-se que em 2005 o conjunto das populações dos dois concelhos atinja os 336 mil habitantes, um crescimento de 20% que evidencia novos desafios de mobilidade, aos quais o empreendimento será a primeira resposta.
A franca melhoria dos níveis de acessibilidade provocada pelo novo transporte público de passageiros (MST) e pela sua articulação com os restantes modos de transporte, terá impactes significativos no âmbito do desenvolvimento do território e do dinamismo das actividades económicas em toda a área"

A profecia quanto aos beneficiários (e aumento da população) dos  dois concelho não se concretizou no tempo adiantado pelos profetas.
O Censos 2011 diz-nos que o apuramento verificado indica para os dois concelhos um total de 332.299 (Almada 174.030 e Seixal 158.269), portanto inferior à estimativa para 2005.
Só posteriormente a 2011 a estimativa do MOPTH para 2005 foi ultrapassada. 
O Censos 2021 diz-nos que a população dos dois concelho é 344.097 (Almada 177.400 e Seixal  166.697). 

3."A franca melhoria dos níveis de acessibilidade provocada pelo novo transporte público de passageiros (MST) e pela  sua articulação com os restantes modos de transporte, terá impactes significativos no âmbito do desenvolvimento do território e do dinamismo das actividades económicas em toda a área."

Estas profecias também não se concretizaram.

Sabe-se o que aconteceu a Almada.

A actividade comercial caiu estrondosamente, muitas lojas fecharam, outras perderam muitos clientes, o espaço público degradou-se, a qualidade de serviço de algumas lojas caiu. as acessibilidades e mobilidade dentro de Almada ficaram piores, os almadenses deixaram de partilhar o espaço público, a vida social  e os contactos entre pessoas perderam intensidade.
A população residente em Almada, Cacilhas e Pragal tem vindo a diminuir, com muitas pessoas a deixarem de residir nestas ex-freguesias.
O Ginjal e os terrenos da Margueira há quanto tempo estão à espera de um figurino novo?
Quanto dinheiro já não foi gasto em projectos e palpites técnicos infrutíferos?
Almada não cresceu nem evoluiu em consonância com as suas potencialidade e o que merecem as suas gentes. Em grande parte afundou-se com e por causa do comboio MST, embora existam ainda outras causas que não têm a ver com o comboio.

4."RESULTADOS ESPERADOS
O investimento nesta 1ª fase, logo que concluído, permitirá de imediato oferecer um serviço de metro de superfície com as caraterísticas indicadas no quadro seguinte:
Tal significará uma melhoria quantitativa e qualitativa da oferta do transporte colectivo de passageiros de onde resultarão em consequência, um grande número de passageiros transportados logo no 1º Ano de exploração do MST, cuja estimativa se apresenta no quadro seguinte:

"

Logo para o 1º Ano de circulação, a profecia ditava 28 milhões de passageiros  a utilizar o MST !
                                      ( um cenário animador, irrealista ou irresponsável ?)

Estas previsões dos profetas também ficaram pelo caminho e já passaram 12 anos desde que o inútil e glutão pelo dinheiro dos contribuintes começou a circular em pleno, correspondente à totalidade da 1ª fase.
O MST transportou em 2020 pouco mais de metade do número de passageiros adiantados pela profecia para o primeiro ano de funcionamento!

Só quem não teve de pagar do seu bolso os prejuízos que causou com irresponsáveis previsões ou profecias e quem não pode ser responsabilizado por continuar a utilizar o dinheiro dos contribuintes para colmatar despesas sem retorno é que poderá defender este elefante branco e continuar, mesmo assim, a contribuir para aumentar a dívida pública dos portugueses.
Outras pessoas defendem esta "expansão" só por palpites ou porque acham que sim que deve ser feita.
Porquê? Porque sim! Dizem.
Um exemplo chocante (ruinoso) das PPP  ( Parcerias Público Privadas ).

- Que ganharam as antigas freguesias Almada, Cacilhas e Pragal em requalificação urbana com O MST?
 Viram muitos dos seus  residentes mudarem-se para longe do inferno.

- Que ganharam os residentes que permaneceram nestas freguesias com o MST?
  Os que vivem ao longo do espaço canal passaram a serem atormentados 21 horas por dia com o barulho e ruído infernais das composições do MST em circulação.
   Estes e os que não vivem ao logo do espaço canal ganharam ainda a desconfiguração urbana e a degradação do espaço público.
  
- Que ganhou Almada com o MST? 
   NADA! Perdeu muito em vivência social e económica.

Os autarcas de então alardeavam  aos quatro ventos: " Almada a um metro do futuro "
Que Futuro?

QUE GRANDE EMBUSTE!

domingo, 12 de setembro de 2021

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada


Fica  aqui o convite para a sessão de  apresentação do livro sobre a Vida de Henrique Mota, incluído nas comemorações do centenário do nascimento deste desportista, da autoria do cacilhense Luís Bayó Veiga, a qual terá lugar no dia 15 de Setembro  de 2021 pelas 16 horas na Sala Pablo Neruda - Fórum Romeu Correia - na R. Dom Francisco Xavier de Noronha, Almada (junto à Praça S. João Baptista).