domingo, 21 de dezembro de 2014

Gente de Almada, Gente Que Vive Almada

 
Joaquim Manuel Abreu, almadense, nasceu a 13 de Junho de 1924 em Almada, no  Pátio da Boca do Vento, actual Pátio  Prior do Crato, mas só foi registado em 14/06/1924 (data oficial).
Os pais, naturais de Beja, residiam  na Rua Latino Coelho, nº 17, mas por acaso do destino a mãe naquele dia 13 de Junho de 1924 encontrava-se na casa de uma família do Páteo da Boca do Vento, onde viria a nascer.
Para os almadenses mais idosos, o Pátio Prior do Crato é sempre o Pátio da Boca do Vento.
Frequentou a Escola Conde Ferreira, em Almada (ainda não foi mandada demolir pela Câmara Municipal de Almada), onde foi aluno do Prof. Seita Ramos (maçon). Segundo nos disse, o seu professor estaria indicado para matar o Rei D. Carlos I.
O Abreu começou a trabalhar como aprendiz de cravador de diamantes com o José Braz na Rua dos Fanqueiros e com o Augusto Araújo e Manuel Araújo na Rua da Vitória, em Lisboa, durante alguns meses.
Veio depois trabalhar para Cacilhas na Casa do Custódio no ofício de serralheiro. Aos 18-19 anos foi trabalhar para o Grémio no Ginjal, onde foi convidado para aderir à Brigada Naval, convite que declinou. Daqui saiu para os estaleiros Parry & Son em Cacilhas, onde esteve 8 anos (serralheiro) e depois foi para o Arsenal do Alfeite (Marinha Portuguesa), seu último emprego onde esteve 34 anos e meio e onde se reformou em 1981 por incapacidade. Aqui foi serralheiro dedicando-se a trabalhos em motores e turbinas.
Joaquim Abreu é o sócio nº 1 da Incrível Almadense. Sócio desta colectividade desde os 9 anos, embora só tivesse o registo como tal em 1939, recebeu o emblema de platina dos 75 anos de associado em 5 de Outubro de 2014.
Na Incrível iniciou-se, em jovem, aprendiz na Banda mas devido a brincadeira de crianças abandonou a música.
Foi colaborador da Incrível, sem remuneração (como era usual na época) durante 28 anos nos bares da colectividade, onde nunca quis integrar cargos directivos, apesar de vários apelos.
Casou aos 22 anos, tem dois filhos, um casal, ele com 63 anos e ela com 60 anos. Ficou viúvo há 16 anos.
Joaquim Manuel Abreu, com 90 anos, é um almadense conhecedor da vida e vivências desta nossa cidade, com quem alguns almadenses partilham momentos de tertúlia na Praça da Renovação.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Gente Que Viveu Almada

 
 
A imagem é da capa do livro de José Correia Pires, distinto e notável anarquista que viveu e morreu em Almada.
 
A ilustração desta capa, que assina, bem como mais duas no interior do livro, são da autoria de Henrique Mourato, pintor, escultor, desenhador e gravador, que viveu em Almada e aqui iniciou a sua carreira de artista plástico.
Henrique Mourato era frequentador do Café Central, onde convivia com muitos almadenses, gente ligada às letras, anarquistas, democratas e artistas plásticos que recordamos, Alberto Gordillo, Carlos Soares, João de Barros, João Frederico, Francisco Bronze, Louro Artur, Manuel Cargaleiro, Pedro Sousa, Teresa Dingle e Victor Ferreira.
Em Almada realizou exposições de seus trabalhos nos anos 60 e 70.
Está representado em alguns museus e organismos públicos e/ou privados.
Henrique Mourato é natural de Santiago do Cacém onde nasceu a 10 de Maio de 1947.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

O Dr. Fernando Machado Soares faleceu em Almada aos 84 anos, no passado dia 7 de Dezembro de 2014, tendo o funeral sido realizado no dia 9 para o cemitério do Feijó, onde o corpo foi cremado.
Licenciou-se em Direito em Coimbra.
Não era natural de Almada, nasceu nos Açores, em S. Roque do Pico, Ilha do Pico no dia 3 de Setembro de 1930, mas fixou residência em Almada, após ter sido colocado nesta comarca como magistrado (juiz corregedor) e aqui viveu muitos anos.
Foi juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
Quem vive em Almada, podia encontra-lo frequentemente na rua ou a fazer compras num qualquer mini mercado na área da sua residência, no centro da cidade.
Foi cantor (intérprete do fado de Coimbra) e compositor, autor da muito conhecida Balada do 6º ano Médico de 1958 - Balada da Despedida - "Coimbra tem mais encanto/na hora da despedida".

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Cartazes de propaganda partidária (MRPP) durante o PREC, na fachada lateral de um prédio de Almada, localizado na antiga Av. D. Afonso Henriques. Neste Prédio funcionou o Consultório do Dr. Adão e Silva (médico).
Esta fachada actualmente já não tem o mesmo aspecto arquitectónico. Recentemente as janelas foram modificadas.
É o primeiro prédio, do lado esquerdo em fachada lateral para quem sobe a citada avenida. A entrada deste imóvel é pela Praça Gil Vicente.
 
Actualmente as fachadas dos prédios são mais conspurcadas por "grafiteiros" ( o que é muito pior) do que por cartazes, num atentado à propriedade dos cidadãos, estimulados pela Câmara Municipal de Almada que promove concursos entre eles e não pune aqueles que vandalizam a propriedade alheia e contribuem para dar a Almada um aspecto de subúrbio, supostamente povoado e habitado por indigentes e vândalos, para quem observa a sujeira nos edifícios - ex-libris negativo  - desta Almada subúrbio da capital.
A Câmara não pune estes indivíduos, mas demagogicamente agrava o IMI dos proprietários que não têm dinheiro para reparar prédios e preparar as paredes para imediatamente  serem vandalizadas pelos "grafiteiros".
 

sábado, 6 de dezembro de 2014

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Comunicado dos e para os Estudantes de Almada em Fevereiro de 1970, após terem ocupado as mesas do Café Central na tarde do domingo 1 de Fevereiro desse ano, como protesto contra a gerência do Café, que queria proibir a ocupação de mesas para estudo aos sábados, domingos e feriados.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

Livraria Capas Negras, em Almada desde os anos 60, foi fundada pelo Dr. Achando, prof. do ensino secundário e o Mário Filipe que foi chefe da Secretaria do Externato Frei Luís de Sousa.
Era nesta livraria que os estudantes de Almada conseguiam adquirir livros proibidos pela censura do regime político que então vigorava.
O Dr. Achando tinha os livros escondidos na cave e só os vendia em privado a gente conhecida.
Muitos destes livros se compraram aqui.
Livros que possivelmente, muitos dos que hoje dizem ser comunistas "de quatro costados" ou são comunistas por conveniência em Almada, nunca os leram.