Da esquerda para a direita : em pé – Alfredo; [ ? ]; Luís (Meia-Cuca) sentados – Jorge Crisóstomo (Jorge BéBé); Costa; Jorge Maçaroca; Neca; Mário Carvalho; José Luís (Cheta dos Perfumes); Jara O 11º elemento do grupo,(improvisado fotógrafo) não consta da foto ,como é natural. Os mais jovens da foto eram crianças, hoje adultos, certamente do Pragal.
Em 1 de Maio de 1974, um grupo de 11 jovens (naquela data) almadenses, pretendiam comemorar a Revolução de Abril de 1974 em convívio à volta de uma mesa onde pudessem comer alguns petiscos e beber umas imperiais. Encontravam-se na Praça da Renovação, junto ao seu ponto de encontro e convívio habitual, o Café Central.
Naquele primeiro 1º de Maio, após o 25 de Abril, tudo estava encerrado. Era um autêntico marasmo, em que as pessoas se arrastavam pelas ruas, de lojas e estabelecimentos comerciais encerrados, incluindo cafés e restaurantes. Depois de uma Revolução que devolveu as liberdades fundamentais à população, era triste ver as ruas sem a dinâmica a que estávamos habituados.
O proprietário de qualquer Café ou Restaurante que tivesse a veleidade de ter abertas as suas portas nesse dia em lugar visível, era apelidado de fascista, reaccionário, contra-revolucionário, explorador da classe operária ou saudosista do anterior regime. Assim, que esses jovens se tivessem questionado entre si onde seria possível quebrar aquele marasmo do dia.
Alguém alvitrou que o Restaurante "GINA" no Pragal, junto da Cooperativa, estaria aberto. Rumámos até lá e de facto era verdade. Comeram-se uns petiscos: febras de porco, queijos, chouriço assado, umas fatias de presunto com pão caseiro e tremoços, tudo acompanhado de bebidas, vinho tinto para uns, imperial para outros e ainda água e refrigerantes. Cantou-se durante a petisqueira e, aqui, aconteceu que os donos do Restaurante pediram à malta que cantasse baixinho devido a não incomodar a vizinhança, pois poderia algum vizinho ou alguém sentir-se mal com o ruído e denunciar o Restaurante junto das forças vigilantes do MFA, ou de forças de esquerda "progressistas", dado aquele 1º de Maio ser Dia do Trabalhador e o Restaurante ter pessoas, os donos, a trabalhar voluntariamente. Coisas de então...daquele tempo em que tudo e todos tinham algum medo... outros medos... de vanguardistas ou auto-intitulados vanguardistas/vigilantes da Revolução, enfim de serem denunciados...
Tudo correu bem e não houve excessos de bebida. Saímos e fez-se a foto, para a posteridade junto do restaurante.
Hoje, felizmente já se ultrapassaram alguns preconceitos de então e a comemoração do 1º de Maio é feita com liberdade, sem medos e sem perseguições.
Ainda se encontra por Almada a maior parte destes convivas.
Em 1 de Maio de 1974, um grupo de 11 jovens (naquela data) almadenses, pretendiam comemorar a Revolução de Abril de 1974 em convívio à volta de uma mesa onde pudessem comer alguns petiscos e beber umas imperiais. Encontravam-se na Praça da Renovação, junto ao seu ponto de encontro e convívio habitual, o Café Central.
Naquele primeiro 1º de Maio, após o 25 de Abril, tudo estava encerrado. Era um autêntico marasmo, em que as pessoas se arrastavam pelas ruas, de lojas e estabelecimentos comerciais encerrados, incluindo cafés e restaurantes. Depois de uma Revolução que devolveu as liberdades fundamentais à população, era triste ver as ruas sem a dinâmica a que estávamos habituados.
O proprietário de qualquer Café ou Restaurante que tivesse a veleidade de ter abertas as suas portas nesse dia em lugar visível, era apelidado de fascista, reaccionário, contra-revolucionário, explorador da classe operária ou saudosista do anterior regime. Assim, que esses jovens se tivessem questionado entre si onde seria possível quebrar aquele marasmo do dia.
Alguém alvitrou que o Restaurante "GINA" no Pragal, junto da Cooperativa, estaria aberto. Rumámos até lá e de facto era verdade. Comeram-se uns petiscos: febras de porco, queijos, chouriço assado, umas fatias de presunto com pão caseiro e tremoços, tudo acompanhado de bebidas, vinho tinto para uns, imperial para outros e ainda água e refrigerantes. Cantou-se durante a petisqueira e, aqui, aconteceu que os donos do Restaurante pediram à malta que cantasse baixinho devido a não incomodar a vizinhança, pois poderia algum vizinho ou alguém sentir-se mal com o ruído e denunciar o Restaurante junto das forças vigilantes do MFA, ou de forças de esquerda "progressistas", dado aquele 1º de Maio ser Dia do Trabalhador e o Restaurante ter pessoas, os donos, a trabalhar voluntariamente. Coisas de então...daquele tempo em que tudo e todos tinham algum medo... outros medos... de vanguardistas ou auto-intitulados vanguardistas/vigilantes da Revolução, enfim de serem denunciados...
Tudo correu bem e não houve excessos de bebida. Saímos e fez-se a foto, para a posteridade junto do restaurante.
Hoje, felizmente já se ultrapassaram alguns preconceitos de então e a comemoração do 1º de Maio é feita com liberdade, sem medos e sem perseguições.
Ainda se encontra por Almada a maior parte destes convivas.