Notícia jornalistica do jornal "Voz do Tejo" em 09/06/1956 da inauguração do antigo Café Central, (na Praça da Renovação), de importantes tradições populares e culturais no meio almadense.
Este "Café" feito pelos almadenses e por todas as pessoas que o frequentavam, com a sua grande esplanada que se enchia de gente nas tardes e noites quentes da Primavera e Verão, foi uma referência e identidade de Almada. Foi ponto de encontro de vivências, das mais diversas que possamos imaginar para a época, na vida de uma vila e cidade.
Os empregados que serviam à mesa eram pessoas com alguma qualificação profissional, devidamente vestidos e uniformizados. Era uma questão de qualidade e identidade de serviço que distiguia a casa e os clientes, sem discrimanações de qualquer espécie, desde que quem a frequentava respeitasse o ambiente em que se inseria.
Foi ícone de Almada no século passado até princípios de década de 80.
Hoje o Café Central já não existe. O que lá está no mesmo local - ex-café Central - uma padaria que vende pão, café e "bolos" já não é referência nem identidade para Almada. Nem esplanada digna tem.
O local hoje, pelas incaracterísticas de vivência e identidade está em sintonia com o que a Câmara Municipal de Almada fez, pela negativa, da Praça da Renovação e de Almada - um vazio, uma terra forçosa e naturalmente abandonada pelos almadenses.
Um comentário:
Conheci o centro de Almada como ninguém. Lá cresci e lá passei a minha adolescencia. E hoje que já lá não moro há 20 anos, mas vou lá de tempos a tempos, até me revolta as entranhas ver o vejo hoje! O centro de Almada entregue à decadencia cultural, à "chungaria" e à desertificação urbana... Assim se planeou uma cidade cheia de "progressistas da treta"...
São coisas da "modernidade" tão apregoada, obviamente!
Mataram Almada!
Rui Silva
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