Praça da Renovação, início da década de 50 em foto obtida do espaço onde se encontram as instalações da Caixa Geral de Depósitos, local onde existiu o edifício dos serviços do antigo IANT (Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos) conhecido por Assistência Nacional aos Tuberculosos. Estes serviços foram dirigidos durante alguns anos pelo médico Dr. Henrique Barbeitos.
Vê-se à direita um automóvel antigo e chapéus de sol da esplanada do Café-Pastelaria Dragão Vermelho.
Nesta data já funcionavam no local a Papelaria do Alberto (entre o Gazcidla e o "Manolo") e ao lado da antiga Padaria (da recente Socopal), a Livraria Nova Almada, que marcou a vida de muitos estudantes de Almada, por ser aí que se compravam os livros escolares, como também na Papelaria do Alberto.
Nota-se ao fundo da Rua Fernão Lopes parte do espaço do antigo Jardim Sá Linhares, depois de 1974 degradado pela Câmara Municipal de Almada.
Repare-se no primeiro ornamento existente na placa central da Praça da Renovação, um poste de madeira para suporte de fios eléctricos ou de telefones.
Repare-se no primeiro ornamento existente na placa central da Praça da Renovação, um poste de madeira para suporte de fios eléctricos ou de telefones.
3 comentários:
Ora então, da esquerda para a direita (ao fundo):
Gazcidla (esquina com a Fernão Lopes) onde trabalhou muitos anos o senhor Albino (ainda me lembro dos funcionários andarem numas motorizadas de duas rodas à frente onde transportavam as bilhas do gaz). Mais tarde trabalhou lá como técnico um dos maiores andebolistas do país chamado César Branco.
A seguir a tabacaria Arcada do senhor Alberto (antigo operário, natural do Porto).
Depois a porta de entrada do prédio onde morava a família Mirco.
A seguir (salvo erro) a oficina/ sapateiro do senhor Guerra (homem de conversa fácil e muito brincalhão).
A seguir o senhor Manolo oculista (natural do país Basco).
A seguir a casa de gelados e brinquedos da família Moura (o dono é irmão do famoso Adelino Moura que foi treinador de andebol do Almada).
A seguir a padaria do senhor Castanheira (oriundo, salvo erro, de Meda de Mouros) que teve muitos anos como funcionário o senhor Horácio.
Depois a papelaria Nova Almada (não sei o nome do dono).
E logo à esquina com a Rua de Oliveiça existiu muitos anos um técnico relojoeiro sitiado no vão de escada do prédio.
Claro, não esquecendo o famoso snak Canhandra e o Banco Português do Atlântico no quarteirão do lado esquerdo e os honoráveis Dragão Vermelho (dirigido pelo senhor Rogério)e o multifacetado sociologicamente, Café Central no quarteirão do lado direito com as suas famosas e históricas esplanadas cobertas.
Tempos em que Almada tinha vida e conteúdo...
Hoje até doi ver aquilo, pelo despovoamento quase desértico.
Rui Silva
Sr Rui Silva
Obrigado pela colaboração inclusa no seu comentário.
Não só o parágrafo sobre o antigo jardim Sá Linhares é um autêntico disparate sobre a degradação ser atribuída aos comunistas, como é completamente tonto o comentário do anónimo sobre a vida que tinha esta praça da renovação, face à foto publicada, testemunho do que o estado novo nos deixou. Aliás o poste no centro mostra a pobreza a que era vetado todo aquele espaço. E não pense que eu aqui defendo a CMA (leia o meu poste de hoje), mas defender a Almada que tínhamos em 1973 só mesmo por masoquismo ou falta de gosto. Mas há gente para tudo.
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