Tempo de eleições autárquicas é abertura de caça ao voto muito especialmente em coutadas políticas.
Nesta perspectiva, Almada e o concelho têm sido e são uma coutada de excelência, não só pela sua situação geográfica frente a Lisboa, mas por algumas outras razões mais desejadas e apetecíveis. Daí valer tudo para (re)conquistar a governança da coutada.
Nesta "caça ao voto" ou "batida aos eleitores", muitas vezes os "caçadores" descuram a racionalidade dos eleitores. Ofendem mesmo os cidadãos eleitores.
Tem sido banal em política baixa, os instalados guardarem realizações ou trabalhos, que deveriam ser realizados ao longo do mandato, se respeitassem a ética na Política, para as vésperas do acto eleitoral, considerando os eleitores desmemoriados, nivelando-os pelos domínios da ignorância, da desinformação e da irracionalidade.
Praticam a politica de "encher o olho aos parvos", aos ignorantes, aos irracionais e aos desinformados.
Sim, deve ser esta a ideia que alguma gente deve fazer do cidadão eleitor, como ser que não é capaz de se lembrar daquilo que os eleitos deviam ter feito ao longo do mandato e que não sendo capaz de pensar e ter opinião crítica, se deixa embalar pelas últimas "obras"/realizações de clara cosmética eleitoral, pela política da irracionalidade e pela verborreia política.
Há quem tente explicar a situação deste oportunismo político para autojustificar-se por que alinha nestas jogadas manhosas, dizendo que na política sempre foi assim e que todos fazem o mesmo. Têm no fundo uma concepção corrompida de Democracia. Vêem possivelmente a Democracia como um banquete em rodízio para os mais expeditos.
Aqui faz sentido a expressão de um anónimo: "Mentir às pessoas para obter dinheiro é fraude. Mentir para obter votos é política".
Há quem tente explicar a situação deste oportunismo político para autojustificar-se por que alinha nestas jogadas manhosas, dizendo que na política sempre foi assim e que todos fazem o mesmo. Têm no fundo uma concepção corrompida de Democracia. Vêem possivelmente a Democracia como um banquete em rodízio para os mais expeditos.
Aqui faz sentido a expressão de um anónimo: "Mentir às pessoas para obter dinheiro é fraude. Mentir para obter votos é política".
No desespero de caçar votos, nos meses anteriores às eleições:
- arranjam-se calçadas dos passeios por todo lado
- pintam-se muros para depois serem grafitados
- tapam-se buracos no pavimento de vias de circulação
- fazem-se passeios/excursões com pessoas mais carentes e dependentes, por exemplo reformados
- repavimentam-se ruas, ruelas, pracinhas e pracetas
- corta-se relva e ervas como se isso fosse uma prática diária ou regular em zonas mais visíveis e expostas ao olhar do cidadão
- cortam-se arbustos, árvores e sebes quando até aqui tudo estava descuidado e entregue à evolução natural como se fosse uma mata ou selva
- recolhe-se lixo onde antes se acumulava por dias e semanas
- finge-se acabar com lixeiras na via pública e em terrenos baldios
- finge-se acabar com lixeiras na via pública e em terrenos baldios
- faz-se a limpeza e conservação de bancos tipo jardim público, espalhados ao longo de ruas, praças e pracinhas
- expõe-se propaganda eleitoral, disfarçada de realizações ou eventos em painéis publicitários, paga com dinheiro dos munícipes
- não se respeitam decisões camarárias na afixação de propaganda política nos espaços públicos em candeeiros, postes de sinalização e outros locais, chegando-se a situações que até sinais de trânsito e semáforos ficam ocultos
-fazem-se e anunciam-se obras de restauro ou recuperação de edifícios do município abandonados há muitos anos
-apresentam-se projectos de reabilitação/recuperação para zonas do concelho abandonadas pelo município há muito,
embora se esqueçam muito facilmente promessas anteriores e não cumpridas.
Gente convencida que por ser eleita, a sua eleição dá-lhes um atestado de competência conferido pelos eleitores.
Puro equívoco: é eleito quem obtém maior número de votos e o número de votos/somatório é uma caldeirada de diferentes e variadas motivações que levaram os eleitores, cada um por si, a votar.
Daí, os eleitos deveriam ser correctos, exercerem um mandato com moral e ética política na defesa do interesse público, terem respeito pelos eleitores e não tentarem fazer destes, "totós", em vésperas de novas eleições, com acções de lavagem de rosto.
Isto assim não é Democracia.
Paga-se caro a irracionalidade, a ignorância e a desinformação em política.
Afinal para que serve o voto?
Afinal por que querem e para que querem que o cidadão vá votar?
Que Democracia temos?
"Os vivos são e serão sempre, cada vez mais, governados pelos mais vivos." Barão de Itararé - Brasileiro (1895-1971) - Humorista e jornalista, Pseudónimo de Apparício Torelly.
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