sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Coisas de Almada e da Gente de Almada



A saudosa Almada do pós 25 Abril de 1974, ainda Almada não arruinada pela Câmara Municipal da "liberdade", uma Câmara Municipal de falsos valores de Abril, uma Câmara Municipal de oportunistas e egoístas que humilham a democracia e os almadenses.
A imagem foi obtida depois da Praça da Renovação ter sido denominada Praça do Movimento das Forças Armadas.
É do tempo em que Almada ainda tinha cor, tinha gente, tinha vida. Almada respirava!
Hoje Almada está despedaçada, sem vida, sem gente. Não há pessoas nas ruas. Almada "envelheceu", esclerosaram-na.
Os autarcas arruinaram a Almada dos almadenses, descaracterizaram-na, despiram-na dos seus valores, de seus referenciais, de suas memórias, de legado dos antepassados. Fizeram de Almada uma terra de negociatas da baixa política, da politica pejorativa.
Na foto captada em final da tarde de um belo dia de Sol, vê-se gente na rua, no espaço público. Havia movimento, a cidade mexia-se e havia verde.
Não existia ainda a barreira de betão com que a Câmara emparedou o antigo Jardim Cte Sá Linhares, já com a estátua de Alberto Araújo, hoje igualmente emparedado, curiosamente pelos seus camaradas comunistas da Câmara.
O contraste com os tempos actuais é grande, mas negativo para o presente.
Vê-se parte da placa central ( com plantas, com vida) da Rotunda da Praça da Renovação que tinha ao centro um pedestal com duas placas em mármore com o nome da praça, a Rua de Fernão Lopes e ao fundo parte do Largo Cte Sá Linhares (Largo do Tribunal), o Jardim Cte Sá Linhares e a Rua dos Bombeiros Voluntários de Almada.
Era a nossa ALMADA VIVA!

5 comentários:

Anônimo disse...

"...É do tempo em que Almada ainda tinha cor, tinha gente, tinha vida. Almada respirava! "

"...Os autarcas arruinaram a Almada dos almadenses, descaracterizaram-na, despiram-na dos seus valores, de seus referenciais, de suas memórias, de legado dos antepassados..."

"...Havia movimento, a cidade mexia-se..."

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Três afirmações com as quais concordo em absoluto!
O resultado das opções camarárias foi um autentico desastre (e isto não tem nada que ver com a cor partidária). O centro de Almada morreu! Morreu e está entregue actualmente à inestética social, à desertificação, ao fecho das lojas, à decadencia kistch e gritante dos cafés, à "chungaria" dos desocupados, à ignorante falta de respeito pelos referenciais de uma cidade e também pela ausencia de sensibilidade de como se deve entendê-la!
Tal como comentei no tópico anterior, cresci nessa zona e hoje que vivo noutra cidade à quase 20 anos, quando vou a Almada sinto uma enorme tristeza e desencanto pela perda da memória que deixei quando saí.
Quanto à estupida barreira de betão (estupida porque denecessária) que se encontra hoje à entrada do jardim, está tudo dito no tópico. Tive esse mesmo pensamento quando me deparei a primeira vez com aquilo: essa barreira, não só entaipa o jardim, como retira toda a visualização do eixo que vem desde a entrada na Rua Capitão Leitão até ao Externato Frei Luis de Sousa. Qualquer arquitecto camarário sabe o que estou a dizer.

Rui Silva

Anônimo disse...

Basta tirar uma fotografia com o mesmo enquadramento que a fotografia publicada, para se perceber como Almada está deserta.
Esta gente , incompetente sem dúvida, tirou a vida à cidade.

Anônimo disse...

Ainda me lembro da vida que aquela zona tinha. Lembro-me muito bem do Central ser o umbigo de Almada, do Dragão Vermelho e do senhor Rogério, com a sua decoração típica (que destruiram tudo não sei porquê para substituir por uma decoração pirosa), da padaria do senhor Castanheira (ainda o conheci mais a esposa), do senhor Horácio que foi seu funcionário durante muito tempo, do senhor Guerra sapateiro, do senhor Alberto da tabacaria (felizmente ainda existente), da casa de gelados que era loja de brinquedos no inverno (ainda existe como café), da papelaria Nova Almada, do snak Calhandra com a sua esplanada no verão, do professor Balbino (Balduino?) da Farmácia Algarve, do senhor Albino do Gaz Cidla...
Para além disso recordo muito bem do velho barbeiro Braizinha (do senhor Julio e do jovem Zé Manel), da drogaria do senhor Rui (ainda me lembro do pai), do Leão das Chaves (com o seu "trio Odemira")e...do aparecimento do primeiro supermercado em Almada (o Renovação) que foi uma autentica surpresa à época para um publico que nunca tinha visto aquele sistema, da livraria do Diário de Notícias, que a par da papelaria Capas Negras da Rua luís de Queiroz fazia jus à qualidade livreira, da Farmácia do senhor Martins (sempre com cigarro ao canto da boca a deitar fumo), etc...
Ah...e dos terrenos da Feira de S. João Baptista (acho que já nem existe em parte nenhuma, gostaria de saber)

Rui Silva

Maria disse...

Recordo tudo com muita saudade, tenho tanta pena que e terra onde nasci e vivi se tenha transformado num deserto de gente. Adoro Almada, cada vez que aí volto, perto do mercado, sinto uma angústia no coração, aquela Rua bernado francisco da costa, era a rua das lojas e sempre muita gente para cim e para baixo, agora...

Neste blog consigo recordar o passado. Obrigada!


Uma filha de terra,

MF

r disse...

Não estaremos todos com saudade da nossa juventude?

Almada tem mais gente agora do que há 30 anos. A cultura de quase toda a gente mudou. O consumo é mais fácil. A escolha maior. Vão ao Forum e verão por onde andam as gentes, jovens e velhos, de Almada.

Lamento também que a "minha" Almada esteja descaracterizada com o elétrico, mas como detesto automóveis...